Golpe do Falso Sequestro Desmantelado: Polícia Desarticula Rede Criminosa em Megaoperação


Na quinta-feira (20), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 17ª DP e com apoio das Polícias Civis do Rio de Janeiro e Santa Catarina, deflagrou a Operação Policial “Rael”. A ação teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada à prática de extorsões através do golpe do “falso sequestro”. Durante a operação, dois líderes do grupo foram presos em cumprimento a mandados de prisão preventiva.

A investigação teve início em 22 de outubro de 2023, quando um idoso, morador da QND em Taguatinga, foi vítima do grupo e permaneceu no celular sob ameaça dos autores por 20 horas. Um integrante do grupo criminoso, que foi à casa da vítima buscar os cartões bancários, joias e objetos de valor, foi preso em flagrante. Durante o interrogatório, ele revelou que seus comparsas eram de outros estados e que só tinha contato com eles pela internet para prestar contas e remeter os objetos recolhidos para uma agência dos Correios no Rio de Janeiro.

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As investigações aprofundadas revelaram a existência de uma rede criminosa complexa, com diversos núcleos, liderada por três indivíduos com conhecimento avançado em informática. Eles utilizavam suas habilidades para esconder seus rastros na internet. Os líderes eram responsáveis pela compra de dados de potenciais vítimas em “painéis” disponíveis online e repassavam essas informações para seus comparsas entrarem em contato com as vítimas. As ligações eram feitas por presos no regime semiaberto do Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Rio de Janeiro.

Assim que os presos conseguiam convencer uma vítima, repassavam as informações aos líderes, que mantinham grupos de “entregadores” em diversos estados, incluindo São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Acre, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo e Distrito Federal.

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As vítimas eram orientadas a colocar cartões bancários e objetos de valor em sacolas, que eram recolhidas pelos “entregadores”. Esses, por sua vez, realizavam saques e transferências enquanto a vítima ainda estava na linha sob ameaça. Ao final, os entregadores remetiam os objetos de valor e joias para uma agência dos Correios em Niterói/RJ, onde eram recolhidos pelos líderes do grupo.

O principal líder do grupo já havia sido preso pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP) em 2007, dentro do Sistema Prisional do Rio de Janeiro, enquanto extorquia vítimas do Estado de São Paulo. Desde então, ele se especializou nesse tipo de golpe, criou essa variação com apoio local, aprendeu a ocultar seus rastros na internet e fundou uma empresa de revenda de joias para destinar os objetos roubados.

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Em um dos grupos criados pelos golpistas, era divulgado um manual sobre como excluir rastros deixados na internet. Apesar de toda essa sofisticação, após diversas diligências de alta complexidade, a polícia conseguiu identificar dez integrantes do grupo, incluindo os presos responsáveis pelas ligações, os “entregadores” do Distrito Federal e todos os líderes.

Após a conclusão da investigação, os líderes da organização criminosa tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 1ª Vara Criminal de Taguatinga. A justiça também determinou o sequestro de valores e expediu dez mandados de busca e apreensão, cumpridos em Santa Maria/DF, Florianópolis/SC, Angra dos Reis/RJ e Rio de Janeiro/RJ. Outro envolvido, também líder do grupo, está foragido.

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Os autores responderão pelos crimes de extorsão, organização criminosa e lavagem de capitais, podendo ser condenados a até 31 anos de prisão. Os valores sequestrados serão revertidos para sanar o prejuízo causado às vítimas.

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Fonte: gazetabrasil

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