Geely: gigante chinesa dona da Volvo estuda lançar até 14 marcas no Brasil


A Geely já começou seu processo de expansão no Brasil. Em setembro, a Zeekr abre pré-venda do X e do 001, e a Riddara com a picape elétrica RD6. Em 2025 é a vez da sueca Polestar chegar. E, de acordo com apuração da Autoesporte durante visita na China, todas as outras marcas do grupo chinês têm chance de chegar ao Brasil nos próximos anos, incluindo a Lotus.

Ao todo, são 14 marcas, além da Volvo, já presente no Brasil: Zeekr, Riddara e Polestar (já confirmadas), Geely, Geometry, Lotus, Smart, LEVC, Geely, Proton, Lynk & Co, Cao Cao e Farizon, as duas últimas de veículos comerciais. Até a Lifan, que ficou marcada por carros de baixa qualidade quando foi vendida no Brasil entre 2010 e 2020, é controlada pela Geely, portanto, uma possível volta não está descartada. Porém, agora mudou de nome e se chama Livan.

O grupo também atua nas áreas de tecnologia e educação. Ao todo são 17 empresas. No segmento automotivo, todas as citadas acima podem chegar ao Brasil.

A Geely é uma holding, ou seja, é uma sociedade empresarial que controla e detém investimentos de outras empresas de segmentos diversos. Por ter esse modelo de negócio, o grupo diz que facilita o processo de abertura de mercado em vários países de diferentes continentes.

O conglomerado chinês vendeu 1,6 milhão de carros em 2023, ou 14,2% a mais do que os 1,4 milhão de 2022, tornando o melhor ano da história da Geely. E o crescimento também gera otimismo para expansão de mercados.

O foco da Geely no Brasil está sempre voltado para modelos elétricos e híbridos, que seguem em crescimento ano após ano. No primeiro semestre deste ano, 79.304 carros híbridos e elétricos foram vendidos no Brasil, representando alta de 146% sobre o mesmo período de 2023, quando 32.239 unidades foram emplacadas. Os números são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

A Lotus, conhecida por seus esportivos, também já entrou na eletrificação. O primeiro SUV da história da marca é elétrico, o Eletre, apresentado em dezembro de 2022. São três versões: Eletre, Eletre S e Eletre R. Os dois primeiros dividem o trem de força, formado por dois motores que entregam 611 cv e 72,4 kgfm. A marca de 0 a 100 km/h é cumprido em 4,5 segundos e a velocidade máxima chega a 256 km/h. Ambos podem rodar 600 km com uma carga da bateria 109 kWh no ciclo WLTP.

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o topo de linha entrega 918 cv e 100,4 kgfm tendo os mesmos dois motores, mas recalibrados. O SUV leva somente 3 segundos para chegar aos 100 km/h e a máxima é de 264 km/h. A autonomia, por sua vez, é de mais de 480 km, segundo a Lotus, com o mesmo conjunto de baterias.

Zeekr

O Zeek X certamente é a maior aposta da Geely para fazer volume nessa investida inicial. O SUV elétrico tem muitas coisas em comum com o Volvo EX30Autoesporte listou 5 semelhanças e 5 diferenças entre os dois.

Com preço que deve ficar na faixa dos R$ 280 mil, o SUV feito sobre a plataforma SEA — usada pela Geely em vários carros — tem baterias de 69 kWh e autonomia declarada de 440 km no ciclo chinês WLTC. Sempre bom lembrar que o número deve ser menor no Brasil porque as medições do Inmetro são bem mais rigorosas. O EX30 com essa mesma bateria tem alcance de 338 km por aqui.

O modelo tem dois motores elétricos (um em cada eixo) que juntos entregam 428 e 55,3 kgfm. O tempo para ir de 0 a 100 km/h é feito em 3,8 s.

Junto com o X chega o 001, um crossover também com dois motores, mas que entrega 544 cv e 69,9 kgfm, garantindo um 0 a 100 km/h em 3,8 s. Com baterias de 100 kWh, sua autonomia é de 620 km (WLTC). O preço deve ficar na faixa dos R$ 400 mil.

Riddara

Serão duas versões da caminhonete elétrica, que tem 5,26 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,86 m de altura e 3,12 m de entre-eixos. É um ponto intermediário entre a Ram Rampage, que tem 5,03 m de comprimento, e a Chevrolet S10, que tem 5,36 m.

Se as especificações da China forem mantidas por aqui, a versão mais em conta chegará com bateria de 63 kWh de capacidade e um alcance de 385 km no ciclo chinês WLTC. A mais cara usa baterias de 86 kWh e tem uma autonomia de até 517 km.

Na China, onde a picape é vendida como Riddara RD6, a tração é sempre traseira com um motor elétrico de 271 cv de potência e 39,1 kgfm de torque. A versão 4×4 já foi anunciada, mas ainda não chegou ao mercado. Segundo a montadora, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos.

A RD6 tem outra característica: sua capacidade de carga é de 775 kg na versão de entrada e 755 kg na opção com bateria maior, abaixo do padrão de 1 tonelada oferecido pelas caminhonetes médias a diesel do mercado brasileiro. Os preços devem ficar entre R$ 250 mil e R$ 300 mil

Polestar

A Polestar chega em 2025 e não terá nenhuma relação com a Volvo. Ainda não há qualquer confirmação sobre os lançamentos, mas são três carros na gama atual.

O Polestar 2 foi lançado em 2019, mistura conceitos de sedã e crossover e é feito sobre a mesma plataforma e conjunto dos Volvo EX40 e EC40, com opções que vão de 272 cv a 489 cv. A autonomia pode chegar a 518 km no ciclo europeu WLTP.

Em 2022 foi a vez do Polestar 3, um SUV elétrico com base de XC90 que tem 516 cv e autonomia de chega a ótimos 610 km. O último lançamento foi o Polestar 4, que chegou em novembro de 2023, mas ainda está em processo de lançamento em alguns mercados. O SUV cupê é o carro mais caro da marca e parte de de 68 mil euros na Europa, o equivalente a R$ 405 mil. A versão mais potente entrega 544 cv e a autonomia é ligeiramente maior do que a do 3, saltando para 620 km.

A fabricante prepara ainda mais duas novidades para os próximos anos. O Polestar 5, um GT cupê, e o Polestar 6, um roadster esportivo. Em breve mais detalhes devem ser revelados.

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Fonte: direitonews

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