Fraude no INSS: PF prende mais 2 suspeitos de participar de esquema de roubo de aposentados


Ambos foram presos em Sergipe e estão detidos temporariamente na superintendência da PF, para prestar depoimento. Os nomes não foram divulgados, porque a investigação está em segredo de Justiça.
Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão de documentos e equipamentos em imóveis residenciais e comerciais, que, segundo a polícia, visam recuperar bens e aprofundar informações sobre o paradeiro dos descontos indevidos, para resgatar o dinheiro roubado dos cofres públicos e responsabilizar os autores.
Foram encontrados R$ 35 mil em dinheiro e R$ 68 mil em cheques na ação, e a Justiça Federal determinou o sequestro de cinco imóveis que, juntos, valem aproximadamente R$ 12 milhões.
Seis pessoas já haviam sido presas, no curso das investigações sobre a fraude, em meados de abril na operação Sem Desconto, da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Golpe no INSS

O esquema fraudulento desviou descontos de milhões de mensalidades associativas, que são pagas anualmente por aposentados, pensionistas e pessoas de determinada categoria profissional do Regime Geral da Previdência Social para integrar uma associação, sindicato ou entidade de classe.
Mais de 3,38 milhões de beneficiários da Previdência Social consultaram o Instituto sobre valores descontados de seus benefícios em favor de 43 entidades.
Até o momento, houve ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
O desconto em folha a favor das entidades está previsto na Lei dos Benefícios da Previdência Social, em vigor desde 1991. A primeira organização a aderir à modalidade de cobrança começou a receber os valores deduzidos dos benefícios de seus filiados em 1994.
Dados do INSS e da CGU revelam que o total de descontos chegou a R$ 2,8 bilhões no ano passado. O INSS ainda não conseguiu estimar quanto desse dinheiro foi descontado ilegalmente.
De acordo com as investigações, entre 2019 e 2024 foram descontados de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões de forma fraudulenta. Em razão dessa descoberta, o governo federal decidiu suspender todos os acordos com o INSS que permitiam o desconto de mensalidades por serviços como academias, convênios e planos de saúde diretamente no benefício. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.
O escândalo custou o cargo de ministro da Previdência Social a Carlos Lupi (PDT), que foi substituído por Wolney Queiroz, então secretário-executivo da Previdência.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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