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O jornal britânico Daily Mail entrou no presídio de segurança máxima de El Salvador, o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), e, segundo o tabloide, se deparou com uma visão intimidadora: centenas de homens, com os crânios raspados e tatuagens que contam histórias de crimes inimagináveis, encarando fixamente. São integrantes das facções criminosas MS-13 e Barrio 18, duas das mais violentas do mundo. Na reportagem publicada nesta sexta-feira (7), o veículo registrou várias fotos de dentro do presídio.
Esses grupos dominaram bairros inteiros com terror, espalhando execuções brutais, torturas e mutilações. Durante o trajeto até o presídio, autoridades mostraram imagens das atrocidades cometidas: vítimas esquartejadas, corpos espalhados nas ruas, cenas de brutalidade extrema.
O CECOT, construído há dois anos pelo governo de Nayib Bukele como parte de uma ampla repressão contra as gangues, tem capacidade para 40 mil detentos. Seu diretor, Belarmino Garcia, se recusa a informar o número exato de prisioneiros, mas são milhares dos criminosos mais temidos do país. O presídio segue um regime rigoroso, no qual os detentos passam 23 horas e meia por dia confinados em celas superlotadas, sentados em beliches de metal sem colchão, falando apenas em sussurros.
Diferente de outras prisões de segurança máxima, como Guantánamo, onde há acesso a livros e exercícios ao ar livre, os internos do CECOT vivem em total isolamento. Até mesmo o contato com familiares é proibido. As únicas saídas são para inspeções brutais das celas ou para audiências judiciais virtuais, cujos veredictos são quase sempre de culpabilidade. Os que desobedecem regras são levados a uma cela de punição escura e sem janelas, onde ninguém aguenta permanecer por mais de dez dias sem sofrer danos psicológicos severos.
A prisão faz parte da estratégia de Bukele para erradicar a violência das ruas salvadorenhas. Desde o início da repressão, em 2022, mais de 84 mil supostos membros de gangues foram presos, incluindo menores de idade. Os homicídios despencaram, transformando El Salvador de um dos países mais violentos do mundo para um dos mais seguros da América Latina.
Essa política severa ganhou atenção internacional, inclusive dos Estados Unidos. Recentemente, o governo de Donald Trump discutiu um acordo com Bukele para deportar criminosos e imigrantes irregulares dos EUA para o CECOT. Caso seja firmado, milhares de presos poderão ser enviados para essa penitenciária, que já abriga alguns dos criminosos mais temidos do mundo.
Conforme relatou o veículo, o impacto dessa estratégia é inegável. As ruas de San Salvador estão mais seguras, e bairros antes dominados pelo crime agora respiram alívio. No entanto, grupos de direitos humanos alertam para os riscos de abusos e detenções arbitrárias.
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Daily Mail
Fonte: gazetabrasil