Os cientistas conseguiram recriar o rosto do faraó mais famoso do Antigo Egito, o rei Ramsés II, usando um modelo tridimensional de seu crânio, relata na sexta-feira (23) o jornal britânico The Daily Mail.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Cairo, no Egito, e do Laboratório de Rostos da Universidade John Moores de Liverpool (LJMU, na sigla em inglês), na Inglaterra, Reino Unido, colaboraram para reconstruir as características faciais do líder egípcio aos 45 anos de idade, e na época de sua morte, aos 90 anos de idade. Ele reinou entre aproximadamente 1303 a.C. e 1213 a.C., e é considerado o faraó mais poderoso do Império Egípcio.
Reconstructing the face of #RamsesII , the most powerful pharaoh of Egypt who lived 3500 years ago, using computer tomography of his skull at John Moser University of Liverpool.
This is the real face of #RamessesII pic.twitter.com/wLec9W6i4K— Jalal Mazhari (@Jalalmazhari1) December 24, 2022
Reconstruindo a face de Ramsés II, o faraó mais poderoso do Egito, que viveu 3.500 anos atrás, usando tomografia computadorizada de seu crânio na Universidade John Moser de Liverpool.
Esta é a verdadeira face de Ramsés II
As duas imagens detalhadas foram criadas de uma digitalização de sua múmia exibida no Museu Nacional da Civilização Egípcia no Cairo, Egito, por meio da tomografia computadorizada, e também software para analisar os detalhes de acordo com as medidas típicas egípcias das camadas musculares faciais, explicou o dr. Sahar Saleem, professor de radiologia da Universidade do Cairo, e colíder do projeto. A equipe de pesquisa demorou três meses a gerar o rosto do faraó.
“O software identifica as propriedades das várias camadas de materiais no rosto da múmia, tais como bandagens de linho sobrepostas […] Vejo no rosto reconstruído uma pessoa egípcia muito bonita, com características faciais próprias de Ramsés II – o nariz pronunciado, e a mandíbula forte”, contou o acadêmico.
Saleem notou que as medidas médias das camadas musculares faciais diferem de uma população ou etnia para outra em várias partes do rosto, incluindo “a inclinação da testa, e as regiões nasais, malares e labiais”, pelo que “a abordagem mais científica é usar medidas de uma população o mais próxima possível de seu sujeito, que foi o que fizemos”. Ele revelou ter conseguido escanear mais de 40 múmias reais, incluindo do faraó egípcio Tutancâmon, cuja face foi reconstruída no início de dezembro.
“A visualização de características faciais finas, como piercings nas orelhas e penteados, também foi possível graças ao moderno software de reconstrução de imagens.”
Fonte: sputniknewsbrasil
