Foton planeja fábrica no Brasil e produção de picape híbrida


Após anunciar as picapes híbridas Tunland V7 e Tunland V9, a Foton confirma os planos de abrir uma fábrica no Brasil. De acordo com a marca chinesa, o projeto de inaugurar uma linha de produção nacional está em estudo há algum tempo e pode se concretizar até 2028.

De acordo com Fabio Pontes, gerente de operações da Foton no Brasil, a produção nacional deve começar com o envolvimento de uma empresa parceira, ou seja, usar uma fábrica já pronta para auxiliar. Em seguida, a ideia é inaugurar uma unidade fabril. Os investimentos para essas ações devem ser anunciados em breve.

A fabricante não revela com qual empresa fechará essa união e tampouco detalhou o projeto. Durante a apresentação das novas picapes à imprensa, o gerente de operações afirmou que existe a possibilidade das novas Tunland V7 e V9 serem produzidas no Brasil a partir de 2028.

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Cabe dizer que a marca já possui um centro de distribuição de peças no Brasil, em Várzea Paulista (SP), e vai abrir uma nova unidade para suprir o abastecimento dos lançamentos, porém, o local ainda não definido. Até o momento, a Foton tem 30 concessionárias no Brasil e as picapes serão vendidas em todas. Essa infraestrutura já existe porque a marca, que faz parte do conglomerado BAIC Group (Beijing Automotive) — sexta maior fabricante de automóveis da China — chegou ao Brasil em 2014 para vender veículos comerciais leves e caminhões.

Uma década após a chegada, a Foton começa a atacar o segmento de automóveis com chegada das picapes. A novidade fica por conta do conjunto micro-híbrido a diesel, que passa a ser oferecido pela primeira vez no Brasil. O objetivo da fabricante é vender cerca de 1.000 unidades da Tunland no Brasil em 2025. Os modelos terão garantia de três anos ou 100 mil km — o que ocorrer primeiro.

Se a nova fábrica da Foton de fato sair do papel em 2028, será mais uma marca chinesa com produção local. Atualmente, existem três: Caoa Chery monta seus carros na fábrica de Anápolis (GO) desde 2018 — e até 2022 mantinha operações em Jacareí (SP). Trata-se de uma joint-venture formada pela Caoa Montadora, do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, e a matriz chinesa.

Desde 2021, a GWM é proprietária da antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A produção de unidades pré-série do Haval H6 vai começar no final deste ano, e a expectativa é que o SUV nacional esteja nas lojas em janeiro de 2025.

Por fim, a BYD adquiriu a antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA) em 2023. Assim como a GWM, a produção das unidades pré-série do Song começa ainda neste ano, com a expectativa do SUV nacional estar disponível a partir de 2025.

Nem sempre o plano de expansão das marcas chinesas funciona. Este é o caso da Jac Motors, que anunciou uma fábrica em Camaçari no início da década passada. Uma pedra fundamental chegou a ser colocada no local de construção em 2012 — mas o complexo não saiu do papel.

Anos depois, em 2017, a Jac Motors adquiriu a fábrica que pertenceu à Suzuki em Itumbiara (GO). A operação foi confirmada pelo governo do estado de Goiás. O complexo estava parado desde que a HPE Automotores migrou a produção do Jimny para Catalão (GO), onde fica a fábrica da Mitsubishi. Na época, o SUV compacto T40 era o favorito para ser produzido na instalação, mas o projeto também não viu a luz do dia.

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Fonte: direitonews

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