Fórum Econômico do Oriente: quase US$ 60 bi em acordos expõem fracasso no empenho de isolar a Rússia


Aqui está um resumo dos principais momentos do evento e das conquistas mais importantes.
Sobre acordos, 258 foram assinados no Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok esta semana. Somados, eles chegam a 5,4 trilhões de rublos (aproximadamente R$ 300 bilhões).
O fórum contou com a presença de cerca de 7 mil convidados de 75 países, desde altos funcionários e empresários a jornalistas e comentaristas, incluindo vários colaboradores da Sputnik.
O presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião sobre desenvolvimento de infraestrutura no Distrito Federal do Extremo Oriente da Rússia, em 4 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 05.09.2024

Os principais acordos dizem respeito a planos para construir um grande complexo químico na República de Komi, um complexo de processamento de madeira em Sakhalin e medidas para atrair talentos científicos e de engenharia no âmbito do Centro de Ciência e Tecnologia de Inovação Russky, sob a supervisão da Universidade Federal do Extremo Oriente.
O vice-primeiro-ministro russo e enviado presidencial ao Distrito Federal do Extremo Oriente, Yuri Trutnev, destacou uma série de instruções feitas pelo presidente russo, Vladimir Putin, no fórum com o objetivo de acelerar o desenvolvimento regional, desde empréstimos hipotecários preferenciais até a expansão da iniciativa de parceria público-privada, novos recursos para cidades do Extremo Oriente e do Ártico, projetos de energia e medidas para atrair investimentos adicionais.

Rússia pronta para ajudar a construir novo sistema internacional

O presidente Putin enfatizou a cooperação global, [que] a Rússia está pronta para colaborar para estabelecer uma ordem mundial multipolar que reflita justiça para a maioria dos países“, disse a especialista militar e de segurança indonésia Connie Rahakundini Bakrie à Sputnik, resumindo suas impressões do discurso do mandatário no Fórum Econômico do Oriente deste ano e do fórum em geral.

O painel de discussão, que incluiu uma conversa sobre questões de segurança, a ameaça do terrorismo, os esforços de alguns países para desestabilizar outros, a crise ucraniana, a ameaça nuclear e a segurança energética, entre outros temas, demonstrou que o fórum era sobre economia, mas também “muito relacionado à segurança“, disse Bakrie.
Dançarinos se apresentam no Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok, Rússia, 3 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2024

Em geral, o fórum destacou o comprometimento da Rússia em levar as relações com a região da Ásia-Pacífico a um novo patamar, disse a observadora.
“A coisa mais importante para a Ásia-Pacífico é tecnologia e ciência, porque somos um pouco fracos nessa posição. No discurso do presidente Putin ontem, ele realmente enfatizou que a Rússia desempenharia um papel muito grande na construção de ciência e tecnologia [junto com países asiáticos], especialmente no aspecto nuclear da segurança energética”, disse Bakrie.
Quando se trata de segurança tecnológica e soberania, as parcerias Rússia–Ásia-Pacífico poderiam fazer pela questão o que as iniciativas lideradas pelos EUA têm buscado fazer por meio do AUKUS e do Quad — fornecendo “indústria militar, alta tecnologia, sistemas de vigilância, coisas assim, para equilibrar o Indo-Pacífico“, de acordo com a observadora.
“Por último, mas não menos importante, temos que ser muito poderosos no mar também — como fazer navios, como fortalecer nossa Marinha, como enfrentar a guerra submarina no futuro. […] nós no Indo-Pacífico, especialmente a Indonésia, estamos ansiosos para ter relações e uma conexão profunda com a Rússia”, enfatizou Bakrie.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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