As equipes Ferrari e Red Bull Racing manifestaram satisfação com a definição da FIA em relação às asas flexíveis na Fórmula 1. Tanto o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, quanto o CEO e chefe da Red Bull, Christian Horner, levantaram preocupações sobre o tema das asas dianteiras flexíveis na temporada passada.
Os dois chefes de equipe sentiram que times rivais, como McLaren e Mercedes, estavam explorando os limites de flexibilidade com suas asas dianteiras. Após verificações rigorosas por vídeo no GP da Bélgica, Vasser e Horner pressionaram a FIA para tomar uma decisão, e o órgão regulador acabou decidindo que nenhuma equipe violou os regulamentos.
Após afirmar que nenhuma alteração seria feita nos regulamentos em 2024, a FIA emitiu uma nova diretiva técnica em janeiro deste ano. A nova diretiva prevê testes de flexibilidade mais rigorosos nas asas traseiras desde o início da temporada e nas asas dianteiras a partir da 9ª etapa, no GP da Espanha, conforme confirmado em uma reunião recente da Comissão de F1. Isso limitará o nível de flexibilidade sob testes de carga nas asas dianteiras para 10mm, abaixo dos 15mm utilizados até o ano passado.
Vasseur expressou satisfação com o esclarecimento sobre o assunto. “Para mim, não é um problema, mas acho que é bom ter clareza. O mais importante para mim é saber que temos que mudar algo na asa dianteira até Barcelona, por exemplo. Você pode discutir sobre o momento, porque é na semana seguinte a Mônaco e precisamos chegar a Mônaco com um novo pacote completo de asa dianteira. Mas no final das contas, é bom para nós, é bom para o desenvolvimento e planejamento, saber quando temos que trazer algo. O pior cenário seria começar a temporada como estamos hoje e em duas corridas vir com uma diretiva para mudar algo, porque é muito mais difícil de planejar e, neste caso, teria sido uma bagunça. Mas honestamente, todos nós sabemos a situação. Estávamos todos planejando ter uma atualização na asa dianteira durante a temporada e, assim, sabemos que teremos que fazer isso em Barcelona”, disse ele.
Horner, por sua vez, apontou para as implicações de custo da nova diretiva técnica. Embora tenha ficado satisfeito com a atitude da FIA em relação às asas flexíveis, Horner levantou uma questão. A implicação de ter que desenvolver uma asa dianteira mais rígida no meio da temporada terá um custo significativo. Na era do teto de gastos da F1, cada centavo é cuidadosamente planejado dentro do ciclo de desenvolvimento de uma equipe, e a diretiva técnica sendo confirmada bem na entressafra, sem dúvida, terá um impacto.
“Acho que é bom que eles tenham abordado isso. Obviamente, houve uma mudança em relação a asa traseira também”. Questionado sobre por que a 9ª etapa é o alvo para os novos parâmetros de asas flexíveis, Horner respondeu: “Não sei, mas é o que é. É o mesmo para todos. Isso significa apenas que você tem um conjunto de problemas pré-corrida nove e pós-corrida nove para lidar, o que inevitavelmente aumentará o custo”, completou o chefe da Red Bull.
Fonte: f1mania