Koji Watanabe, presidente da Honda Racing Corporation, revelou que a marca japonesa conversou com várias equipes da Fórmula 1, antes de fechar um acordo de fornecimento de motores com a Aston Martin a partir de 2026.
A Honda retornou à F1 em 2015 com a McLaren, após sete anos de ausência, obtendo resultados pouco satisfatórios com uma unidade de potência híbrida não confiável e com desempenho inferior. A situação mudou com a mudança para a Toro Rosso (atual Racing Bulls) em 2018 e um acordo para fornecer motores para ambas as equipes de propriedade da Red Bull a partir de 2019, o que ajudou a impulsionar Max Verstappen a seus quatro títulos de 2021 até a última temporada.
No entanto, apenas o primeiro desses quatro títulos foi oficialmente impulsionado pela Honda, com a marca japonesa se retirando da categoria no final de 2021, deixando a Red Bull operar seu motor com suporte técnico limitado da empresa japonesa.
Porém, não demorou muito para a Honda retornar oficialmente à F1, anunciando no final de 2023 um acordo de fornecimento de motores para a Aston Martin, que começará em 2026, juntamente com os novos regulamentos da categoria.
Em uma conversa com o Motorsport.com, Watanabe disse que várias equipes da categoria entraram em contato com a Honda sobre um possível acordo para fornecimento de motores, antes da marca japonesa assinar com a equipe de Silverstone.
“Na primeira parte do processo, houve apenas conversas entre a Honda e a Red Bull”, disse ele. “As discussões com outras equipes começaram depois que nos registramos oficialmente na FIA como fornecedor de unidades de potência para 2026, então, algumas outras equipes nos contataram, pois estavam interessadas em trabalhar com a Honda. Conversamos com essas partes e tomamos uma decisão. Não posso dar o número exato, mas foram várias equipes. Com algumas delas, tivemos contato apenas uma vez e com outras nos encontramos várias vezes”, disse ele.
Com menos de um ano para a entrada em vigor dos novos regulamentos da F1 em 2026, nos quais haverá maior eletrificação e a introdução de combustíveis sustentáveis, a Honda admitiu que está tendo dificuldades com o desenvolvimento da nova unidade de potência.
Em uma entrevista ao PlanetF1, Watanabe disse que a Honda está achando difícil lidar com os novos regulamentos enquanto constrói a nova unidade de potência da Aston Martin. “Estamos lutando. Agora estamos tentando o nosso melhor para mostrar o resultado no próximo ano. Tudo é novo. O motor é um novo de 355 kW, muito compacto. Também a bateria é leve, e não é tão fácil de desenvolver. E também o motor pequeno, mas com grande potência. Tudo é muito difícil, mas tentamos o nosso melhor”, completou Watanabe.
Fonte: f1mania