Fórmula 1: Ex-companheiro de Colapinto questiona situação do argentino na Alpine


A contratação de Franco Colapinto pela Alpine gerou grande expectativa, mas nem todos estão convencidos de que o argentino justifica o investimento da equipe francesa. O ex-companheiro de equipe Roman Rusinov criticou o jovem piloto, apontando erros recorrentes e questionando o “hype” em torno dele.

Colapinto, que integrava o programa da Williams, foi atraído pela Alpine em um acordo estimado em mais de €10 milhões. Sua chegada ao time levantou dúvidas sobre o futuro de Jack Doohan, atual piloto reserva, mas a aposta da equipe não é unanimidade.

Roman Rusinov, que dividiu o carro com Colapinto no Mundial de Endurance (WEC) em 2021, não vê o argentino pronto para brilhar na Fórmula 1. “Para mim, pessoalmente, Franco Colapinto não causou impacto na Fórmula 1”, afirmou ao Nextgen-Auto.

O russo comparou o desempenho de Colapinto na Williams com sua passagem pela equipe G-Drive. “Ele tinha duas opções: pilotar com cautela, correndo o risco de não ser notado, ou forçar ao máximo, o que resultaria em acidentes constantes. Na Williams, ele fez exatamente o mesmo que na G-Drive”.

Para Rusinov, o piloto mostrou velocidade, mas sem entregar resultados consistentes. “Franco é um bom piloto em termos de tempos de volta, mas, em termos de resultados, ele nunca atendeu às expectativas. Ele comete muitos erros.”

O ex-companheiro ainda citou o histórico do argentino no endurance. “Nas seis corridas que Franco fez por nós, cometeu cinco erros. Na única corrida em que não errou, vencemos. Então ele é um bom piloto e bastante rápido, mas ainda é apenas um garoto. Velocidade sozinha não basta. Gosto muito do Franco, ele é um cara incrível, mas, geralmente, todo o hype em torno dele não é justificado pelos resultados.”

Apesar das críticas, a Alpine demonstra confiança em Colapinto. O consultor Flavio Briatore, figura influente dentro da equipe, compartilhou um vídeo do piloto testando um carro da equipe, reforçando o apoio interno. Antes mesmo da contratação, Briatore já havia destacado que Doohan teria espaço no início de 2025, mas deixou aberta a possibilidade de mudanças.

“A única coisa da qual podemos ter certeza é a morte!”, disse ele ao Le Parisien, reforçando que o desempenho será o critério decisivo. “Vamos começar o ano com Pierre [Gasly] e Jack, posso garantir isso. Depois, veremos como a temporada evolui”.

“Tenho que colocar a equipe na condição certa para obter resultados, e o piloto é quem precisa concretizar o trabalho de quase 1.000 pessoas. Todos trabalham para apenas duas pessoas”. 

“Se um piloto não estiver progredindo, não estiver me trazendo resultados, eu o substituo. Não dá para ser emocional na F1.”

Fonte: f1mania

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