Fórmula 1: Aston Martin será paga apenas em criptomoedas após acordo com a Coinbase


Equipe de Alonso e Stroll firma primeiro contrato da F1 com pagamento exclusivo em criptomoedas

Cada vez mais equipes da Fórmula 1 têm firmado parcerias com empresas do universo das criptomoedas. Agora, a Aston Martin deu um passo além ao anunciar um contrato com a Coinbase, uma das maiores plataformas de criptoativos do mundo. O diferencial? O pagamento do patrocínio será feito exclusivamente em criptomoedas.

A equipe de Fernando Alonso e Lance Stroll assinou um acordo plurianual com a Coinbase, sendo o primeiro contrato da história da Fórmula 1 a ser integralmente pago em ativos digitais. A moeda escolhida foi a USDC (USD Coin), uma stablecoin atrelada ao dólar americano. O logotipo da Coinbase estará presente no halo e nas extremidades da asa traseira do carro, além dos macacões dos pilotos.

“Essa parceria mostra a confiança que temos na experiência da Coinbase como líder em finanças digitais. Ao fechar esse acordo inteiramente em USDC, estamos sinalizando nosso compromisso com a inovação, construindo uma relação sustentável e de longo prazo com a Coinbase”, explicou Jefferson Slack, diretor comercial da equipe de Silverstone.

Gary Sun, vice-presidente de marketing da Coinbase, celebrou a parceria. “Este é um marco significativo para a Coinbase, marcando a primeira vez que investimos em um patrocínio esportivo inteiramente em criptomoeda. É também a nossa estreia na Fórmula 1, e estamos empolgados por entrar em uma indústria que valoriza, assim como nós, a inovação e as ideias transformadoras. Esperamos desenvolver ainda mais essa colaboração com a Aston Martin Aramco enquanto buscamos uma maior liberdade econômica globalmente”, afirmou.

Aston Martin assume risco com pagamento em USDC
Mesmo sendo considerada uma stablecoin, o USDC não está livre de riscos. Em teoria, 1 USDC deve sempre ter o valor equivalente a 1 dólar, mas oscilações podem ocorrer.

A Circle, empresa responsável pelo USD Coin, garante que cada unidade da moeda é respaldada por reservas em dinheiro e títulos do governo dos Estados Unidos. Auditorias independentes são realizadas regularmente para confirmar a disponibilidade dessas reservas. Além disso, o USDC é amplamente aceito nas principais corretoras de criptomoedas, o que ajuda a manter sua estabilidade.

Ainda assim, o mercado cripto já mostrou sua vulnerabilidade em situações extremas. Em 2023, por exemplo, o valor do USDC chegou a cair temporariamente para cerca de 0,87 centavos de dólar, após a falência do Silicon Valley Bank, onde a Circle mantinha US$ 3,3 bilhões em reservas. A empresa conseguiu recuperar o valor rapidamente, mas a possibilidade de novos episódios semelhantes sempre existe, especialmente se houver vendas massivas da moeda em um curto período.

Apesar dos riscos, a Aston Martin acredita que a inovação e a confiança na tecnologia blockchain justificam a aposta. O tempo dirá se essa ousadia trará os resultados esperados, tanto na pista quanto fora dela.

Fonte: f1mania

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