Ford Territory 2026 chega mais equipado, com novo visual e pelo mesmo preço


“War for Territory” (“Guerra pelo Território”), brada a banda de metal Sepultura em seu hit de 1993. Embora o grito de revolta do grupo mineiro seja muito mais visceral, a Ford tenta emular algo do tipo com a renovação do Territory, seu SUV importado da China — que já havia dado o ar da graça no Festival Interlagos.

Conforme antecipado por Autoesporte, a Ford manteve o preço do predecessor: R$ 215 mil. Ainda é comercializado, vale frisar, em única versão, a Titanium. No entanto, é bom dizer que o modelo recebeu algumas pequenas distinções a fim de encarar determinados rivais.

A Ford elenca, entre eles, Jeep Compass, Volkswagen Taos e GWM Haval H6. No entanto, o conjunto híbrido, ao menos por ora, não se faz presente no SUV da marca do oval. Antes de destrincharmos o modelo, porém, vamos ao preço e versão do Ford Territory 2026:

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Para começo de conversa, a meia-vida do Territory segue a frenética receita dos usuais projetos chineses. Não à toa, esta é a segunda mudança do modelo por aqui em dois anos. Nada que tire o sono de Marcel Bueno, diretor de marketing da marca para a América do Sul.

“Trabalhamos estratégias mais do que adequadas para nossos produtos. Sempre estudamos o mercado para garantir ao consumidor as melhores oportunidades sem desvalorizar o que os nossos clientes já conquistaram”, destacou o executivo em entrevista à Autoesporte.

Podemos dizer, contudo, que o Territory piorou em termos de consumo — isso por conta das normas do Proconve L8. O modelo, que só bebe gasolina, faz agora 8,8 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada. Antes, rodava 9,5 km/l em ciclo urbano e 11,8 km/l em rodoviário.

O motor, todavia, foi recalibrado, mas segue o mesmo e já preparado para o E30. Trata-se do conjunto 1.5 EcoBoost, quatro-cilindros, que rende 169 cv de potência a 5.500 rpm e 25,5 kgfm — o torque é o mesmo, bom dizer, do motor 1.4 TSI da Volkswagen. Casa com ele câmbio automatizado de dupla embreagem e 7 marchas com engrenagens banhadas a óleo.

Bom ressaltar que, embora faça jogo duro, a Ford já não esconde que venderá em nosso mercado variante equipada com conjunto híbrido no país. Esta, provavelmente, virá com um 1.5 turbo de ciclo Atkinson aliado a um elétrico, com potência combinada de 218 cv.

O visual do Ford Territory segue o mesmo bê-á-bá da configuração apresentada na China em 2024. Os elementos hexagonais da grande seguem em destaque, mas têm nuances bem interessantes ante ao predecessor.

Isso porque, agora, temos inúmeros feixes brilhantes que remetem a um efeito similar e, por que não, a um estilo cascata. A grade fica ainda mais integrada, bom salientar, com os faróis bem menos afilados, em formato de L. Estes compõem o visual da dianteira com muito mais harmonia – bem como o novo para-choque majoritariamente pintado na cor da carroceria.

Além disso, o modelo tem novas rodas de 19 polegadas (calçadas por pneus 235/50 R19), maçanetas cromadas e mantém seus recortes um tanto ousados na lateral. Ponto positivo para o SUV chinês, já que isto lhe garante um pouco mais de identidade.

Na traseira há pouco menos de “alegria nas pernas” (certo conformismo até). As linhas são mais quadradonas e as lanternas continuam com estilo similar.

Por dentro, o Ford Territory 2026 segue receita parecida com a de seu antecessor. O volante tem revestimento de couro, temos ajuste da coluna de direção em quatro posições, o console central continua elegante, porém algo minimalista, e há vidros elétricos com abertura e fechamento com um toque.

Central multimídia e quadro de instrumentos, ambos com tela de 12,3’’, atuam de modo integrado. Têm bons níveis de configuração, resolução e responsividade. O sistema de áudio é composto por 8 alto-falantes e o modelo conta com o glorioso freio de estacionamento eletrônico.

Se não é nenhuma novidade, o teto solar panorâmico garante certo charme ao Ford Territory 2026. Acrescente, aí como elementos inéditos, luz ambiente em LED configurável com 26 opções, assentos dianteiros elétricos com aquecimento e resfriamento e acabamento com detalhes em preto e amarronzado. Tudo isso garante ao habitáculo certa elegância.

Em termos de dimensões, o Ford Territory 2026 ganhou apenas em comprimento: agora são 4,68 metros (55 mm a mais). De resto, seguimos com 1,70 m de altura, 193 m de largura e 2,72 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 448 litros — inferior, inclusive, ao do Fiat Fastback, de menor porte, no padrão VDA (516 litros). Mesmo assim, dispõe de abertura e fechamento elétrico e sensor de abertura sem as mãos.

Ademais, o SUV da Ford oferece ótimo espaço para os ocupantes. Quem viaja no banco traseiro tem conforto para pernas e ombros, sem ter de fazer maiores contorcionismos na hora de dividir espaço com demais passageiros.

No quesito segurança, temos frenagem autônoma de emergência, controle de velocidade adaptativo, monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, assistente de permanência e centralização em faixa (uma novidade) e seis airbags com detecção inteligente de ocupantes.

O Ford Territory 2026 garante ainda câmera 360°, assistente de partida em rampa, assistente de descida, monitoramento de pressão dos pneus e farol alto automático.

Para completar, o SUV tem conectividade com o app Fordpass de série, que garante “experiências convenientes, conectadas e personalizadas ao cliente”. Pergunta sobre o valor do aplicativo, a empresa optou por dizer que, por enquanto, não cobrará nada pelo serviço.

O Ford Territory 2026 chega em seis opções de cores: as novas tonalidades cinza dover, azul profundo e verde oásis, e as já conhecidas da linha branco bariloche, cinza catar e preto toronto.

Aqui vou me ater ao básico – até mesmo porque nada mudou em termos de dirigibilidade no caso do Territory 2026. O motor 1.5 turbo EcoBoost, com injeção direta, aliado ao câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas não tem fôlego o suficiente, mas movimenta o SUV com dignidade.

O torque em máxima, bom dizer, continua a mostrar a que veio na casa de 1.500 rpm (antes, já era liberado a partir dessa faixa). Mas lembra que o 1.4 TSI da Volkswagen já entrega os 25,5 kgfm em 1.500 rpm? Aí complica.

Complica, principalmente, no caso do Territory, nas retomadas. Isso porque temos, especialmente aqui, uma experiência bem típica de utilitário esportivo genérico — um tanto preguiçoso. O Bronco Sport, para darmos um exemplo da mesma marca, é muito mais esperto e divertido para quem anseia por desempenho de qualidade na cidade e na estrada.

O atraso do conjunto ao entregar potência também recai na caixa de sete marchas. Assim como no Bronco Sport, a Ford se vale de seletor circular para trocas de posições, mas não temos aletas para mudanças manuais atrás do volante.

A ergonomia segue de primeira, com boa posição de dirigir para condutores das mais variadas estaturas. Além disso, o banco tem ótimo revestimento e, agora com resfriamento e aquecimento, garante ao motorista conforto em viagens de longas distâncias. Ponto positivo, também, para a retenção lateral – já que o condutor é muito bem abraçado.

Os novos encostos de cabeça também ajudam a mitigar o cansaço em jornadas mais duradouras. Os ajustes elétricos em dez posições do assento também, evidentemente, salvam na hora de escolher a posição perfeita para se guiar.

O modelo, vale frisar, tem quatro modos de condução. A reportagem guiou por cerca de 50 km em estrada pavimentada e, no máximo, alternou entre Normal e Eco. O consumo obtido foi de 11,6 km/l – pouco acima do divulgado pelo Inmetro.

O ar-condicionado digital de duas zonas poderia ter pouco mais de botões físicos, mas nada que prejudique ao volante. Para completar, mimos como carregador de smartphone por indução e chave presencial garantem boa experiência.

Para fechar, o Territory tem suspensão McPherson na dianteira e multilink na traseira. Por conseguinte, a absorção de impactos ainda é suave, mas quem vai atrás sofre um bocado em determinados pavimentos. Já os freios a disco seguram o ímpeto do modelo de 1.635 kg com alguma tranquilidade.

A Ford admite que os clientes olham, especialmente, para Jeep Commander Longitude (R$ 239.990) e Compass Série S (R$ 251.999) e GWM Haval H6 como os principais concorrentes do Territory. Vale destacar que, até o mês de junho, o SUV da marca oval teve apenas 2.315 licenciamentos, contra 7.218 e 27.531 dos modelos da Stellantis e 12.673 do concorrente chinês.

Pois é. A Ford tem de nadar um bocado para chegar com um veículo, que custa R$ 215 mil, aos seus citados rivais. Uma forcinha, certamente, se daria por meio do conjunto híbrido. A ver.

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Fonte: direitonews

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