Ford Ranger Limited V6: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem


A Ford Ranger é a picape média mais moderna do Brasil desde que a atual geração foi lançada, no segundo semestre de 2023. Autoesporte avaliou a versão Limited 3.0 V6, que custa R$ 366.600 e só fica abaixo da opção Raptor no portfólio, para trazer cinco razões para comprar e cinco motivos para pensar bem antes de fechar negócio.

Até o final do mês de setembro, a Ranger é a segunda picape média mais vendida do Brasil com 24.816 emplacamentos, atrás apenas da líder absoluta há quase uma década, a Toyota Hilux, que já colocou nas ruas 36.155 unidades até agora em 2025. Os números são da Fenabrave, associação que representa as concessionárias.

Nesta geração, a Ford Ranger 2025 só usa motores turbodiesel. As opções mais baratas são equipadas com o 2.0 16V, quatro-cilindros, da linha Panther, que gera 170 cv e 41,3 kgfm de torque. Mas o protagonismo fica por conta do motor V6 3.0 biturbo de 250 cv a 3.250 rpm e 61,2 kgfm a 1.750 rpm. O câmbio é automática de 10 marchas, o mesmo que equipa o Mustang, e a tração é 4X4.

A picape é bem grande: tem 5,37 metros de comprimento, 2,20 m de largura, 1,88 m de altura e 3,27 m de entre-eixos. E são nada menos do que 2.357 kg. E, mesmo assim, fôlego aqui passa longe de ser um um problema: a marca de 0 a 100 km/h é feita em 9,2 segundos.

Picapes médias são veículos feitos para suportar carga no trabalho. Qualquer caminhonete com a caçamba vazia sacode bastante dentro da cabine, afinal, é uma estrutura de carroceria sobre chassi de longarinas. Mas a nova Ranger é muito confortável, mesmo sem levar peso na caçamba.

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Ela sacode muito menos do que todas as rivais, tem uma estabilidade ótima nas curvas e, se assim como eu, você também gosta de dirigir uma picape na cidade pela imponência — mesmo não sendo nada prática — não existe conforto maior na categoria do que essa atual geração da Ranger.

Mesmo com todo o conforto descrito acima, a Ranger ainda tem ótima capacidade para o trabalho pesado. A caçamba comporta 1.250 litros (com seis pontos de amarração) e a capacidade de carga varia de 1.023 kg (Limited) a 1.071 kg (XLT 4×4). A picape média ainda tem vão livre do solo de 23,5 cm e a capacidade de imersão é de 80 cm. O ângulo de ataque é de 30 graus e o de saída, 26 graus, enquanto a capacidade de rampa é de 35 graus.

Essa versão tem seis modos de condução que adaptam tração e respostas do motor para diversas situações: Normal, Eco, Rebocar/Transportar, Escorregadio, Lama/Terra e Areia. A distribuição de tração pode ser 4×2, 4×4 High e 4×4 Low e a capacidade de reboque é de 3.100 kg com freio.

A Ranger Limited tem ótimos equipamentos de segurança e de conforto, com destaque para sete airbags, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, frenagem pós-colisão, câmera 360°, reconhecimento de sinais de trânsito, sensor de estacionamento dianteiro, sensor de monitoramento da pressão dos pneus, chave presencial, ar-condicionado automático de duas zonas e pneus todo terreno 255/65 e rodas de liga leve aro 18”.

Outra ponto positivo é a central multimídia com tela de 12 polegadas na vertical. A conexão sem fio de Apple CarPlay e Android Auto é feita de forma rápida e a resolução é ótima. Porém, um ponto negativo é que os ajustes de temperatura do ar-condicionado ficam na parte inferior da tela e a visibilidade não é boa. É preciso abaixar a cabeça para ter melhor visualização.

Apesar do ótimo desempenho do motor V6, o banco do motorista é tão acolchoado nas laterais que deixa um espaço estreito para as costas e para as coxas. Pessoas de 1,87 m de altura, como é o meu caso, sentem esse desconforto de espaço estreito em viagens mais longas porque a postura de dirigir não fica das melhores.

Já mencionei uma extensa (e boa) lista de equipamentos de série, principalmente quando o assunto é segurança, mas um item bem importante é deixado de lado: a capota marítima. Ela é oferecida como acessório em duas combinações. A capota de lona com vedação custa R$ 1.659 enquanto a capota retrátil elétrica custa R$ 7.409.

Novamente, outra falha para um carro de quase R$ 370 mil. A tampa da caçamba é bem pesada e não tem qualquer tipo de amortecedor na abertura. Logo que você destrava ela já desce com força. Caso queira amortecedores, terá que pagar mais R$ 459 pelo item oferecido como acessório.

O Qual Comprar 2025 foi a maior edição já feita por Autoesporte em mais de 20 anos de projeto. Na categoria de picapes médias, a Ranger não venceu e muito por conta dos custos elevados no pós-venda. Por exemplo, a cesta de peças custa R$ 20.434, que é mais cara do que a dos principais concorrentes: Hilux, S10 e Triton. As cinco primeiras revisões saem por R$ 10.041 — novamente, valor mais elevado do que das três rivais citadas.

Pelos critérios do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro, as variantes V6 da Ford Ranger 2025 fazem médias de 8,9 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada, que não são números animadores para uma picape tão moderna. Desta forma, a classificação geral dela no PBEV é “E”, ou seja, a pior nota possível na classificação.

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Fonte: direitonews

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