Ford investe R$ 3,3 bilhões para produzir nova Ranger na Argentina


Com a estreia no mercado brasileiro se aproximando, confirmada para o segundo semestre deste ano, a nova geração da Ford Ranger promete ser uma das picapes mais modernas vendidas no país. Para isso, não bastou apenas reformular a picape, mas também atualizar toda sua cadeia de produção.

Dessa forma, a Ford investiu US$ 660 milhões (mais de R$ 3,3 bilhões) em sua fábrica de General Pacheco, na Argentina, onde a Ranger é fabricada desde 1996 — e exportada para o Brasil e toda a América do Sul, que anteriormente recebiam o modelo feito nos EUA.

Esse montante foi usado para deixar a linha de montagem com o mesmo nível de tecnologia de outras unidades da marca ao redor do mundo. Há novas prensas de alta capacidade e maior velocidade, 318 robôs (eram 99 no passado), dois quilômetros de transportadores aéreos autônomos e conectados, mais de 1.000 câmeras e sensores para monitoramento digital de qualidade em tempo real e novo armazém inteligente de pintura.

Por enquanto, a atual geração da Ranger continua sendo produzida por lá até que a transição para o modelo novo comece, já que apenas protótipos foram feitos até agora. O maquinário antigo, porém, será totalmente descartado quando a picape atual sair de linha.

Todas essas melhorias vão aumentar a capacidade de produção anual instalada para 110 mil unidades, um aumento de 70% — embora a Ford ainda não tenha previsão de quando a capacidade total será realmente atingida, já que as vendas teriam de crescer consideravelmente para que as contas fechem, especialmente no mercado brasileiro, para onde a maior parte da produção é destinada.

Hoje a Ranger é a terceira picape média mais vendida do país, atrás de Toyota Hilux e Chevrolet S10. No acumulado deste ano, foram quase quatro mil emplacamentos — ainda bem atrás da líder japonesa, com mais de dez mil.

Durante a visita à fábrica argentina, a Ford mostrou a caminhonete sem camuflagem de perto ao grupo de jornalistas, mas não permitiu a produção de imagens. A nova Ranger terá traços que remetem aos das outras picapes da marca, como a Maverick e a F-150, recém-lançada por aqui, com faróis em forma de C e um visual mais parrudo. Os dois motores turbodiesel serão o 2.0 e o 3.0 V6, que substituem os atuais 2.2 e 3.2 V6.

Apesar de a Ford negar a produção da Ranger Raptor em Pacheco, a versão esportiva (importada da Tailândia) já está até em pré-venda na Argentina (pelo preço, pasmem, de quase R$ 675 mil na atual cotação) e também foi vista na fábrica do país vizinho. Por lá, a F-150 Raptor também é vendida, então faz sentido oferecer também a irmã menor na mesma configuração. Resta saber se o Brasil também terá a Raptor no catálogo quando a nova geração da Ranger for lançada por aqui. Vale lembrar que a versão foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Ninguém solta a mão de ninguém: FIEMA articula ações em cidades em situação de emergência
Próxima Advogado com histórico de polêmicas ofende juíza: "afetação hormonal"