A parceria para elétricos firmada entre Volkswagen e Ford deverá se estreitar nos próximos anos e gerar outros frutos além dos já conhecidos SUVs Explorer e Capri (baseados nos modelos ID.4 e ID.5, respectivamente). Em entrevista recente concedida à revista Auto Express, o chefe de vendas e marketing da marca alemã, Martin Sander, disse que a aliança tem sido proveitosa para os dois lados e que “novas oportunidades de compartilhamento não podem ser descartadas”. Dentro desse cenário, ganham força rumores sobre o retorno ao mercado do icônico Fiesta.
O compacto saiu de linha na Europa em 2023 após quase 50 anos de comercialização contínua e deixou um vácuo considerável no portfólio da Ford na região. Agora, a ideia é trazê-lo de volta ao catálogo totalmente repaginado e, pela primeira vez, como veículo elétrico . A receita a ser seguida deverá ser a mesma empregada nos SUVs já lançados dentro da parceria, ou seja, plataforma de origem Volkswagen combinada com design típico da marca norte-americana.
A confirmação ainda não foi anunciada, mas a fala do próprio Sander revela claramente as intenções de ambas as marcas. Some a isso a necessidade por parte da Ford de voltar a ter um modelo competitivo no mercado europeu para rivalizar com os elétricos Renault 5, Opel Corsa E, Peugeot e-208 GT e outros. Além disso, a Volkswagen tem interesse em ampliar a parceria para reduzir custos de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, otimizar os ganhos em escala, especialmente diante da situação de crise que enfrenta na Europa.
Da mesma forma que os novos Explorer e Capri usam a plataforma MEB dos ID.4 e ID.5, o próximo Fiesta deverá ser baseado na arquitetura MEB Entry dos futuros Volkswagen ID.1 e ID.2. A base é mais curta que a matriz original, mas oferece diferenciais importantes como autonomia de até 450 km e suporte para carregamento rápido CC de 125 kW (características que fariam do Fiesta uma opção bastante competitiva dentro do segmento).
“A Ford está confiante em sua capacidade de competir nos segmentos certos”, disse a marca em resposta às especulações. Por sua vez, a Volkswagen disse que vê “uma oportunidade para crescer ainda mais do que podemos, com base no tamanho do nosso negócio”. As falas são de Sander, que coincidentemente atuou como executivo da Ford Europa. O lançamento, se confirmado, deverá acontecer dentro de dois ou três anos.
No Brasil, vale lembrar, o Fiesta saiu de linha em 2019, quando a Ford fechou sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Desde então, a marca tem apostado no lançamento de SUVs e picapes por aqui, além do esportivo Mustang.
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Fonte: direitonews
