Quase três anos após fechar todas as fábricas no Brasil, a Ford está pronta para comemorar aumento de 40% nas vendas em 2023, em relação ao ano passado. Até novembro, foram 25.394 veículos emplacados, alta de 38,3% sobre o mesmo período de 2022.
Com resultados tão expressivos, a fala de Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul, não poderia ser, senão de otimismo ao fazer o balanço deste ano e a previsão para o próximo. Um 2023 tão cheio de lançamentos – foram nove – que o prometido décimo ficou para o começo de 2024.
E Autoesporte antecipa que será a nova geração do Mustang. A marca não confirma oficialmente, mas o icônico esportivo será lançado ao longo do próximo ano.
“Eu queria anunciar algumas coisas, mas não me deixaram”, disse Daniel Justo, referindo-se ao seu time de comunicação. O executivo assegurou apenas que, embora em menor número do que em 2023, haverá novidades da marca para o Brasil no próximo ano, como “séries especiais e aprofundamento de tecnologias”.
A fala dá algumas pistas. Uma delas é a possível chegada da versão FX4 para a Ranger. Essa configuração existiu na geração anterior e já está disponível nos Estados Unidos – vale lembrar que a picape média vendida por aqui é produzida na Argentina.
Outro modelo que chegará em 2024 é o facelift da F-150, o grande destaque da Ford no último Salão de Detroit, em setembro passado.
Se não há confirmações públicas, a rotina do chefão da Ford tem sido agitada. “Fiquei fechado em reuniões de até dez horas com executivos da matriz, detalhando projetos e planejamento para 2024. O próximo será um ano de muito foco no desenvolvimento da geração de elétricos a partir de 2025”.
Entre outros, participou dessas reuniões Elena Ford, diretora de Experiência do Cliente da Ford Motor Company. Tataraneta do fundador Henry Ford, Elena é a primeira mulher da família a ocupar um cargo executivo na empresa.
Voltando ao Brasil, se os planos da Ford funcionarem, a subsidiária local entregará um novo balanço no azul. Afinal, a previsão é crescer na casa dos dois dígitos em 2024. Caso os planos se concretizem, os emplacamentos poderão superar os 30 mil exemplares ao fim do próximo ano.
Como dito acima, a Ranger brasileira é produzida na Argentina. Então devem haver diferenças para a Ranger FX4 já à venda nos Estados Unidos como um pacote off-road da versão XLT.
De todo modo, o visual básico deve servir de inspiração. Isso significa bancos de tecido estilizado, apliques plásticos nas caixas de roda e uma série de adesivos por toda a carroceria. Grade frontal, maçanetas e capas dos retrovisores são de plástico preto brilhante.
A versão escolhida para o Mustang de sétima geração chegar ao Brasil deve ser a GT, a mesma vendida desde o lançamento da versão anterior.
Portanto, o Mustang deve desembarcar mais uma vez com motor 5.0 V8 capaz de desenvolver 486 cv e 57,3 kgfm. No mercado americano, o cupê tem um pacote opcional que adiciona sistema de escape ativo, elevando os números para 492 cv e 57,7 kgfm.
A picape grande que chegou ao Brasil no começo de 2023, vai mudar em 2024. A F-150 2024 estreia faróis de LED remodelados, lanternas, para-choques e opções de rodas inéditas. O estilo da picape está mais futurista graças ao novo formato dos faróis, com linhas mais retas e vértices bem demarcados. O para-choque frontal passa uma impressão maior de robustez.
A traseira será praticamente igual, com mudanças apenas nos grafismos das lanternas e no para-choque. A tampa da caçamba agora tem abertura lateral, como as picapes da Ram. Nestes quesitos, a F-150 também foge da proposta de “caminhonete” para abordar um estilo mais contemporâneo e urbano.
Uma novidade da versão renovada é que agora o motor a combustão da F-150 pode ser utilizado como um gerador para fornecer energia a componentes elétricos, como uma churrasqueira de camping. A versão oferecida no Brasil segue com o V8 5.0 Coyote, compartilhado com o Mustang. São 405 cv e 56,7 kgfm.
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Fonte: direitonews
