Ford Bronco Sport: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir do SUV


Desde que fechou as fábricas no Brasil, no início de 2021, a Ford tenta reconstruir sua imagem junto ao público brasileiro. Para isso, tem lançado produtos globais como as picapes Maverick e F-150. Mas o pioneiro nessa nova fase da marca foi o Bronco Sport, que começou a ser vendido em maio de 2021.

Quase dois anos depois, o preço do SUV importado do México subiu menos que o dos rivais e passou a ser uma opção de modelo médio com tração integral e um recheado pacote de equipamentos. Ainda assim, é mais caro que seu rival direto, o Jeep Compass Trailhawk.

Autoesporte mostra cinco razões para comprar o Bronco Sport e cinco motivos para fugir do SUV da Ford. Confira:

Se você não gosta de modelos com desenho convencional, o Bronco Sport pode ser seu número. Assim como o Jeep Renegade, o SUV da Ford tem traços bastante característicos e diferentes dos da maior parte dos concorrentes.

Inspirado no Bronco das décadas de 1960 e 1970, o modelo atual traz faróis redondos (com lentes retangulares) ligados por uma barra horizontal que traz o nome do modelo. A pintura de dois tons também remete ao modelo do passado.

Do lado de dentro, a cabine do Bronco Sport também tem desenho agradável e moderno. Mas o melhor do interior é a qualidade do acabamento, seguindo o padrão dos carros da Ford de décadas atrás.

Há peças plásticas, mas a maior parte traz materiais emborrachados agradáveis ao toque. Os bancos acomodam bem o corpo e são revestidos de tecido, couro e camurça. Nas costas dos assentos dianteiros há um porta-revistas com zíper.

A Ford decidiu não trazer a versão mais valente do modelo para o Brasil. Mas o Bronco Sport passa longe de ser um SUV de shopping. Equipado com tração integral e seletor de modos de condução, o jipão vai bem mesmo em trilhas mais complicadas.

Para isso, utiliza diversos mapas com ajustes específicos para terrenos escorregadios, lama, areia e rochas, por exemplo. Ângulos de ataque (30°) e saída (33°) e bloqueio do diferencial traseiro ajudam a enfrentar superfícies acidentadas com mais eficiência.

A única versão do Bronco Sport disponível no Brasil é bem equipada e não tem opcionais. São itens de série ar-condicionado digital de duas zonas, teto solar, bancos de couro com aquecimento, faróis de LED, frenagem automática de emergência, alerta de saída de faixa com correção no volante e sensor de chuva.

Há ainda sacadas interessantes, como a possibilidade de abrir apenas o vidro da tampa traseira para acomodar objetos mais compridos ou facilitar o acesso quando o compartimento está cheio. Dentro do porta-malas, a Ford instalou uma mesinha retrátil com régua embutida.

O formato pouco aerodinâmico e a vocação off-road até mascaram o bom desempenho do Ford Bronco Sport. Em nossos testes de maio de 2021, o SUV levou sete segundos cravados para ir de 0 a 100 km/h. E olha que na época o motor 2.0 turbo era menos potente e entregava “só” 240 cv.

Na linha 2022, o modelo teve um incremento de 13 cv, chegando aos 253 cv disponíveis atualmente. O torque também aumentou, passando de 38 kgfm para 38,7 kgfm. Na prática, mais que acelerar bem, o Bronco Sport mostra que tem fôlego em qualquer situação do uso cotidiano. De quebra, é ainda mais potente e ágil que o Compass, que entrega 170 cv e 35,7 kgfm quando equipado com motor 2.0 turbodiesel.

Como diz o ditado popular: cavalo que não anda, não bebe. Sem qualquer tipo de eletrificação, o Bronco Sport não tem bons números de consumo de combustível. Segundo o Inmetro, o SUV movido apenas a gasolina roda 8,6 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada.

As marcas são inferiores às do Jeep Compass, ainda que o rival não tenha tração 4×4 nas versões 1.3 turbo: 10,4 km/l e 12,1 km/l.

O Bronco se sai pior até que o também pouco eficiente Mitsubishi Eclipse Cross, que também tem tração integral, mas é capaz de rodar 9,1 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada.

O preço de compra do Bronco Sport também é pouco convidativo. Ainda que escape dos custos extras de importação por ser produzido no México, o SUV da Ford é consideravelmente mais caro que os poucos rivais diretos.

Por R$ 272.790, o Bronco custa exatos R$ 23.100 a mais que o Compass Trailhawk, oferecido por R$ 249.690. E olha que a diferença foi maior na época do lançamento. Isso porque a Ford segurou os reajustes de seu SUV.

Manter um Bronco Sport também vai exigir bolso abonado por parte do dono. As revisões até 50 mil km são bem mais caras que as do Compass turbodiesel: R$ 7.359, contra R$ 4.082 do rival.

Até o Discovery Sport, modelo do segmento de luxo, tem revisões mais em conta. A Land Rover pede R$ 6.660 pelos cinco primeiros serviços da versão a diesel do SUV.

Para um carro que se propõe a chegar onde outros modelos não chegam, o Bronco Sport vai oferecer uma vista limitada de um céu estrelado. Isso porque o teto solar não é do tipo panorâmico e tem uma abertura pequena, que cobre apenas a área dos bancos dianteiros.

Desde o lançamento, a Ford manteve a oferta reduzida do Bronco. Existe apenas uma versão, Wildtrak, com uma única motorização, 2.0 turbo, e apenas na opção menos extrema, Sport.

Nos Estados Unidos, por exemplo, só o Bronco Sport tem seis versões e a opção de motor 1.5 turbo de 178 cv. Por aqui, seria uma forma de a Ford oferecer configurações mais em conta e tentar concorrer em melhores condições com o Compass, ainda que o modelo produzido em Goiana (PE) seja líder absoluto nas vendas.

Como comparação, o rival emplacou pouco mais de 16 mil unidades entre janeiro e a primeira semana de abril. No mesmo período, foram apenas 115 Bronco Sport – 139 vezes menos.

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Fonte: direitonews

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