A Força Aérea de Israel realizou um ataque aéreo contra o porto de al-Hudaydah, no Iémen, com o objetivo de impedir a importação de armas iranianas pelos houthis e causar danos financeiros ao grupo apoiado pelo Irã.
De acordo com o exército israelense, o porto na cidade controlada pelos houthis é utilizado repetidamente para trazer armas do Irã, e, portanto, Israel considera o local como um alvo militar legítimo. O ataque aéreo, realizado exclusivamente por Israel, atingiu depósitos de combustível e outras instalações no porto.
Esse ataque ocorre em resposta a mais de 220 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados pelos houthis contra Israel nos últimos nove meses de guerra.
O exército israelense afirmou que os bombardeios foram realizados “em resposta aos centenas de ataques contra o Estado de Israel nos últimos meses”.
Mais cedo, os rebeldes houthis, apoiados pelo regime iraniano, denunciaram uma “série de bombardeios aéreos” contra a cidade portuária de al-Hudaydah, no Mar Vermelho, de onde os insurgentes lançam grande parte de seus ataques contra embarcações israelenses ou acusadas de vínculos com o Estado judeu.
Segundo o canal de televisão Al Masira, porta-voz dos houthis, os bombardeios tiveram como alvo “a cidade de al-Hudaydah”, sem especificar mais detalhes. No entanto, moradores relataram à EFE que várias instalações petrolíferas foram atingidas no porto da cidade.
Uma fonte oficial houthi, citada pelo Al Masira, destacou que os ataques visaram depósitos de petróleo no porto da cidade. O Al Masira divulgou imagens que, segundo a emissora, mostram “as primeiras imagens dos bombardeios hostis contra a cidade de al-Hudaydah”, com incêndios e uma coluna de denso fumo negro se elevando de um local próximo ao mar.
Os bombardeios, que a agência de notícias yemenita controlada pelos houthis, SABA, atribui a uma “agressão americana-britânica”, ocorrem após um ataque houthi com um drone contra Tel Aviv na sexta-feira, que resultou na morte de uma pessoa.
Desde fevereiro, Estados Unidos e Reino Unido realizaram vários bombardeios aéreos contra supostas posições dos rebeldes houthis no Iémen. Os houthis, que pertencem à ramificação xiita do Islã liderada pelo Irã, alegam que suas ações são uma resposta à guerra israelense na Faixa de Gaza, na qual mais de 38.000 palestinos perderam a vida.
(Com informações da EFE)
Fonte: gazetabrasil