“Racionamento obrigatório: o pesadelo energético está se tornando realidade” é o título da publicação.
O jornalista relembra que a União Europeia depende completamente da Rússia, porque produz mais de dois terços de sua energia elétrica a partir do gás natural importado, 40% do qual é fornecido pelo gasoduto russo Nord Stream.
Após uma alta drástica dos preços dos recursos energéticos, os líderes europeus decidiram implementar medidas de emergência, entre elas um pacote orçamental de US$ 375 milhões (R$ 1,9 bilhão), nota o artigo. Segundo aponta Dan Runkevicius, só o Reino Unido planeia gastar US$ 150 bilhões (R$ 782 bilhões) nos próximos 18 meses.
O jornalista mostra os cálculos da Goldman Sachs, segundo os quais, se a Rússia não enviar mais gás pelo Nord Stream, a Alemanha não terá outra opção a não ser implementar o racionamento obrigatório, o que provocará a redução da produção industrial em 65%.
“Em outras palavras, este fiasco energético pode pôr uma parte da indústria europeia de joelhos. E o pior é que, mesmo com o pacote governamental de US$ 375 bilhões que a Europa reuniu, isso não a deverá salvar, porque você não pode comprar gás que não existe”, resumiu o artigo.
Anteriormente, a Gazprom informou que o Nord Stream, que tinha sido parado por três dias para trabalhos de manutenção, não reiniciará o funcionamento devido ao vazamento de óleo na única turbina funcional. Em meio aos relatos, os preços do gás ultrapassaram os US$ 3.500 (R$ 18.250) por um mil de metros cúbicos, aproximando-se do máximo histórico de US$ 3.892 (R$ 20.297).