FMI eleva projeção do PIB brasileiro de 2% para 2,5% a médio prazo


Segundo o órgão, a melhoria se deve à “ambiciosa agenda de crescimento sustentável e inclusiva” e ao novo imposto único sobre valor agregado previsto na Reforma Tributária que deve “fortalecer a produtividade, criar empregos formais e reduzir a desigualdade”.

“Nos últimos dois anos, a economia do Brasil demonstrou notável resiliência, com a inflação caindo no intervalo da meta. A equipe do FMI espera que o crescimento modere no curto prazo antes de se fortalecer para 2,5% no médio prazo — uma revisão para cima em relação aos 2% projetados na consulta do Artigo IV de 2023. Olhando para o futuro, dadas as condições fortes do mercado de trabalho e as expectativas de inflação acima da meta de 3%, manter a flexibilidade no ciclo de cortes é prudente”, diz trecho do artigo.

O FMI elogiou ainda o uso cada vez mais frequente do Pix no país e a moeda oficial brasileira, em formato digital, Drex, pelo Banco Central.

“A agenda de inovação financeira do Banco Central do Brasil tem promovido inclusão financeira, eficiência e concorrência. A adoção do sistema de pagamentos instantâneos Pix continua a se expandir, fazendo do Brasil um líder global em transações per capita. O Banco Central do Brasil também está na vanguarda das moedas digitais de bancos centrais com sua iniciativa principal, o Drex, enquanto desafios de privacidade e segurança estão sendo abordados”, diz a nota.

As consequências dos estragos causados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul para a economia brasileira ainda são incertos, segundo o FMI, mas o “sólido sistema financeiro, reservas cambiais, baixa dependência de dívida estrangeira, câmbio flutuante e grandes reservas de caixa” mostram ser capazes de superar o problema.

Prévia da inflação acelera em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a prévia da inflação ficou em 0,44% em maio, 0,23 ponto percentual (p. p.) acima da taxa registrada em abril (0,21%).
As maiores influências vieram dos grupos Saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de 1,07%; e Transportes, que acelerou 0,77%, em grande parte por causa da alta na gasolina (1,9%), responsável pelo impacto de 0,09 p. p.
O IPCA-15 acumula alta de 2,12% e, em 12 meses, de 3,70%, abaixo dos 3,77% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2023, o IPCA-15 foi de 0,51%.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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