Flagra: Geely testa rival do BYD Dolphin que chega ao Brasil ainda em 2025


Durante o Salão de Xangai (China), Autoesporte trouxe a informação de que a Geely pretendia lançar outro carro no Brasil em 2025, além do já anunciado EX5. Trata-se do Geome Xingyuan, futuro rival do BYD Dolphin que, pela primeira vez, foi flagrado em testes por um seguidor do perfil Placa Verde (@placaverde).

O objetivo da marca chinesa, que tem parceria com a Renault, é que as 23 concessionárias não dependam somente de um modelo para a sua estreia no Brasil. Com o SUV elétrico EX5 e o compacto Geome Xingyuan, a Geely teria mais repertório para ganhar espaço e concorrer diretamente com a dupla Yuan Pro e Dolphin.

Autoesporte conheceu o Geome Xingyuan, que foi apresentado no mercado chinês em 2024, durante o evento em Xangai. O nome, entretanto, deve ser substituído no mercado nacional. Seus pontos fortes contra o Dolphin são a capacidade do porta-malas e o espaço interno

Isso porque, além dos generosos 375 litros à disposição no compartimento traseiro, o hatch traz um “frunk” abaixo do capô com abertura por braços pantográficos. Ali cabem mais 70 l, totalizando 445 l. O BYD Dolphin, que também é reconhecido pela boa capacidade do porta-malas, tem 345 l.

Sobre as dimensões, o Geome tem 4,14 metros de comprimento, medida próxima a de um Chevrolet Onix. O destaque fica por conta da distância entre-eixos, de 2,65 m, que iguala um Volkswagen T-Cross. As demais proporções são 1,81 m de largura e 1,58 m de altura.

A cabine tem acabamento mais simples que o Dolphin, mas há soluções interessantes, como carregadores de celular por indução, quadro de instrumentos digital de 8,8 polegadas, central multimídia de 14,6 polegadas, comandos por voz e volante de dois raios.

Como o rival, o Geome Xingyuan é vendido com uma série de opções mecânicas em seu país de origem, sempre com tração dianteira. O pacote de entrada entrega 78 cv de potência, alimentado pela bateria de 30,1 kWh fornecida pela CATL que proporciona 310 km de autonomia em ciclo chinês; já os modelos mais equipados sobem para 114 cv, com bateria de 40,2 kWh e generosos 410 km de autonomia.

Independentemente da versão que a Geely escolher para o Brasil, a autonomia será reduzida drasticamente. Isso porque o ciclo chinês de medida é muito mais otimista que o parâmetro usado pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).

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A versão mais barata do Geome custa 70 mil yuans no mercado local (R$ 56 mil em conversão direta). Equipado com o pacote mais caro, o preço sobe para 98 mil yuans (R$ 80 mil).

O BYD Dolphin é mais caro que o compacto da Geely na China, o que levanta a hipótese de que o mesmo poderá acontecer no Brasil. O hatch da BYD é vendido a partir de R$ 139.800 em uma condição especial válida desde maio.

O acordo entre Renault e Geely prevê o uso da fábrica de São José dos Pinhais (PR) pela marca chinesa. Atualmente, o local opera com ociosidade. Em 2024, foram produzidos 180 mil veículos, menos da metade das 380 mil unidades de capacidade total.

A produção nacional da Geely levará ao menos um ano e meio para começar. Luiz Pedrucci, ex-CEO da Renault, afirmou que os primeiros carros nacionais devem chegar às lojas somente em 2027.

Autoesporte também ouviu que a marca chinesa não pretende correr para lançar seus primeiros carros nacionais. “Aquela ambição de ter uma grande participação de mercado, como no passado, acabou. Queremos fazer a melhor leitura do mercado e crescer de uma maneira sustentável”, completou o antigo executivo da Renault.

Importante reforçar que o imposto de importação para carros híbridos e elétricos terá um novo aumento e será retomado em 35%, independentemente do nível de eletrificação, a partir de julho de 2026. Até lá, as conterrâneas BYD e GWM já terão suas plantas em funcionamento, o que poderá garantir valores mais competitivos para os carros nacionais.

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Fonte: direitonews

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