A linha de SUVs da BYD vai crescer no Brasil. Além dos Song Plus e Pro, Yuan Plus e Tan, a marca chinesa já teste no país o Sea Lion 07. O modelo foi visto com camuflagem pesada em um hotel de São Paulo e publicado pelo jornalista e colega João Anacleto. Porém, os disfarces eram tão pesados que causaram dúvida sobre qual modelo se tratava.
Isso porque a BYD lançou, em menos de um ano, dois SUVs cupê: Song L e Sea Lion 07. Eles até são parecidos, mas detalhes como a curvatura do teto, a fixação dos retrovisores e a abertura inferior do para-choque frontal comprovam que o modelo em questão é o Sea Lion.
Autoesporte apurou que o modelo é um dos muitos que a BYD trouxe para estudos no Brasil, mas sua chegada está confirmada para o ano que vem. A ideia da marca chinesa é completar a linha de SUVs e preencher a lacuna entre o Song Plus (R$ 239.800) e o Tan (R$ 536.800). Até pela distância do lançamento, o preço não foi definido, mas nossa fonte afirmou que será “logo acima do Seal“. Ou seja, mais de R$ 300 mil.
Aliás, assim como o Seal, o Sea Lion (Leão Marinho, na tradução para o português) também faz parte da família Ocean da BYD, a mesma de Dolphin e Dolphin Mini. Até por isso, sedã e SUV cupê compartilham a identidade visual de faróis e lanternas, por exemplo. Podemos até afirmar que o Sea Lion 07 é uma espécie de SUV do Seal.
Mas o projeto é mais moderno. O Sea Lion usa a base e-Platform 3.0 Evo, a mais moderna plataforma da BYD, criada para ajudar os chineses na expansão para mercados mais exigentes, como a Europa. E também para competir com o Tesla Model Y.
Com velocidade máxima de carregamento de 240 kW, pode ir de 10% a 80% das baterias em 25 minutos. Como referência, aparelhos caseiros podem, em média, carregar a 7 kW.
Já que estamos falando de baterias, há dois tamanhos disponíveis. A de 71,8 kWh está disponível na versão de entrada, que tem motor elétrico único de 231 cv de potência e 38,7 kgfm de torque. Vai de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e alcança 210 km/h. O alcance é de 550 km no sempre otimista padrão chinês.
A opção intermediária tem pacote de baterias de 80,64 kWh e motor mais potente, de 313 cv e 38,7 kgfm. Nesse caso, o tempo para ir de 0 a 100 km/h cai para 6,7 segundos e a autonomia vai para 610 km. Por último, quando combina dois motores elétricos, a potência chega a 530 cv e a aceleração até os 100 km/h é cumprida em apenas 4,2 segundos, com alcance total de 550 km.
O mais curioso é que os novos motores elétricos da BYD rodam a até 23 mil rpm, a mais alta em propulsores da marca chinesa.
Se, camuflado, o Sea Lion se parece com o Song L, sem disfarces os dois modelos são distintos. O modelo esperado para o Brasil tem faróis de LED com um filete “escorrendo” da peça principal. O teto é bem arqueado e adornado com acabamento cromado, lembrando ligeiramente o Volkswagen ID4.
Atrás, as lanternas são unidas por uma barra iluminada e fazem jus à similaridade com o Seal. O logotipo da BYD é iluminado. Como foi lançado há menos tempo, o interior se diferencia bastante dos outros Song e até do sedã elétrico. Há telas para quadro de instrumentos e central multimídia, mas o arranjo é distinto. Console central, comandos de câmbio e saídas de ventilação também parecem mais modernos. Assim como em outros chineses, há pouquíssimos botões.
Nas medidas, o SUV cupê é até maior que o Song Plus. São 4,83 metros de comprimento, 2,93 m de entre-eixos e 1,62 m de altura.
A nova plataforma da BYD também inclui um robusto pacote de assistências ao condutor. O chamado ADAS DiPilot 100 “God’s Eye” traz 12 radares ultrassônicos e 11 câmeras para gerenciar funções como troca de faixa autônoma, prevenção ativa de obstáculos e seleção inteligente de faixa, além dos já tradicionais alerta de mudança de faixa com correção no volante, controlador de velocidade adaptativo e frenagem de emergência.
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Fonte: direitonews
