Apesar da taxa Selic ainda elevada, os financiamentos continuam sendo uma forma popular para adquirir um carro. Autoesporte já falou sobre as vantagens e as desvantagens da modalidade, bem como dos principais termos usados nos contratos e que podem causar confusão.
Aos motoristas que pretendem comprar um carro financiado nos próximos meses, preparamos um passo a passo que vai desde a escolha da modalidade até possíveis problemas que podem surgir durante o pagamento das parcelas. Acompanhe:
Antes de mais nada, você precisa entender que o financiamento causa um comprometimento de renda que pode durar muitos anos. Há um consenso no mercado de que o parcelamento não pode infringir 30% da renda mensal da família.
Portanto, um casal que ao juntar as finanças chega à renda mensal de R$ 10 mil pode comprometer no máximo R$ 3 mil com um parcelamento. Da mesma forma, o mercado exige ao menos 10% do valor do veículo como entrada, mas essa proporção pode variar de acordo com o apetite ao risco de cada instituição financeira.
O planejamento financeiro é importante para evitar surpresas desagradáveis que podem deixar você com o nome sujo no futuro. Buscar uma assessoria para tirar as principais dúvidas pode poupar algumas dores de cabeça. Abordaremos mais sobre este tema à frente.
Há três formas para parcelar um carro: Crédito Direto ao Consumidor (CDC), leasing e consórcio.
O Crédito Direto ao Consumidor é o tipo de financiamento mais comum do Brasil. Neste arranjo, o cliente pega dinheiro emprestado com uma instituição financeira para adquirir o carro. Sua dívida passa a ser com o banco, e não mais com a loja.
O leasing funciona como um empréstimo com opção de compra. O banco ou instituição financeira adquire o veículo e o coloca à disposição do cliente por uma mensalidade. O prazo para o arrendamento do carro é de 24 meses.
Outra modalidade que permite o parcelamento de um veículo é o consórcio, arranjo em que várias pessoas se juntam para pagar uma parte de um carro, criando um fundo para aquisição daquele veículo.
Veja as diferenças entre as modalidades e qual é mais vantajosa
O seu balanço financeiro permite a aquisição de um carro novo? É hora de escolher o veículo e partir para a análise de crédito. Neste ponto, o banco ou instituição financeira vai solicitar alguns documentos que comprovem identidade, residência e renda. Já falamos detalhadamente sobre cada um deles.
Mesmo depois de aprovar o financiamento, o banco ainda pode solicitar um laudo técnico do veículo. Essa vistoria não é necessária na compra de carros novos ou de seminovos com até três anos de fabricação. Mas, no caso dos usados, pode ser que a instituição financeira solicite o serviço para evitar fraudes.
O valor da parcela é determinado com base no CPF e na análise de crédito. Se o cliente tem um risco menor de inadimplência, sua taxa de juros no financiamento será menor. Da mesma forma, se o banco identificar um risco maior, a taxa inevitavelmente será maior
Se o cliente tem o nome no SPC e no Serasa, o banco tem a confirmação de que houve algum problema com pagamentos no passado. Neste caso, os financiamentos costumam ser negados.
Com tudo aprovado, o cliente poderá retirar o carro na concessionária. O valor do financiamento não inclui apenas o valor do veículo e a taxa de juros, pois algumas taxas também são incorporadas. Entre elas, há o seguro de proteção financeira, gravame e IOF.
A partir da aprovação do financiamento, a responsabilidade do cliente passa a ser com a pontualidade do pagamento. Atrasos nas parcelas podem acarretar na cobrança de multas e taxas, além de sujar o seu nome na praça.
Eis uma palavra que você não quer ler ao financiar um carro. Um cliente inadimplente é aquele que não cumpre com o compromisso financeiro e tem parcelas em atraso.
O número de pessoas inadimplentes aumentou no Brasil nos últimos anos, criando desconfianças nos bancos e dificultando novos financiamentos, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
A amortização é um método de pagamento antecipado para diminuir a quantidade de parcelas e a incidência de juros sobre o preço do veículo. O cliente estará pagando prestações futuras do financiamento e se livrando da cobrança da tarifa do banco.
Segundo especialistas, a amortização é uma das formas mais eficazes para quitar o veículo. Em outras palavras, amortizar transforma o dinheiro que seria do banco em dinheiro do cliente, pois o valor que seria pago em juros é incorporado ao preço real do veículo.
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Fonte: direitonews