Financial Times: Europa reduz demanda de gás em um quarto para diminuir dependência da Rússia


Os Estados-membros da União Europeia (UE) reduziram a demanda de gás em um quarto no mês de novembro, mesmo com a queda das temperaturas, na tentativa do bloco de diminuir sua dependência da energia russa desde o início da operação militar especial de Moscou na Ucrânia.
Dados provisórios da empresa de análise de commodities ICIS mostraram que a demanda por gás do bloco europeu estava 24% abaixo da média de cinco anos no mês passado, após uma queda semelhante em outubro.
De acordo com o Financial Times, os países europeus têm tentado reduzir sua dependência do gás e do petróleo russos, encontrando fontes alternativas ou fazendo mudanças para conter a demanda, iniciativa que, graças a um outono excepcionalmente quente, tem encontrado algum êxito.
Na Alemanha e na Itália — dois maiores países consumidores de gás da UE — a demanda caiu 23% e 21%, respectivamente, em novembro, segundo dados do ICIS. Na França e na Espanha caiu mais de um quinto e nos Países Baixos pouco mais de um terço.
Moedas colocadas sobre fogão a gás (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2022

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Para o principal analista europeu de gás da ICIS, Tom Marzec-Manser a redução de consumo é proporcional aos preços praticados no mercado que acabou “desincentivando” seu uso. Em 2021, a UE importou 155 bilhões de metros cúbicos de gás natural da Rússia, representando cerca de 45% das importações de gás da UE e quase 40% de seu consumo total de gás.
Mas o clima mais frio nas últimas semanas aumentou a demanda e as instalações de armazenamento que apresentavam números récordes já estão agora com cerca de 93% da capacidade.
Para além disso, ainda diante da crise de energia na Europa, o Ocidente acaba de implementar as novas restrições abrangentes às exportações de petróleo da Rússia para limitar seu uso e comercialização, no intuito de atingir à economia de Moscou e seu potencial de financiar a operação na Ucrânia. O Kremlin, no entanto, alega que tais medidas afetam muito mais o Ocidente que a Rússia, e só acentuam divergências que em última análise não contribuem para o fim do conflito.

Fonte: sputniknewsbrasil

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