“Paz é um candidato difícil de classificar ideologicamente. Pela ótica da esquerda, é claramente alguém de direita. Mas, em sua campanha, apresentou-se como uma opção de centro para quem não queria votar nem no MAS e na esquerda, nem na velha direita tradicional e elitista representada por Jorge Tuto Quiroga”, avaliou.
Um revés para o progressismo
Dinâmicas diferenciadas
“Ao não romper com isso, os eleitores acabam votando nos [candidatos de direita] originais, em vez de optar por cópias mal feitas ou mal acabadas”, afirma. E acrescenta: “Houve um fracasso da política do presidente Boric, e as pessoas migram para a direita porque ele também não propôs nenhuma mudança profunda na sociedade”.
‘Nem mesmo Lula está garantido’
“Nem mesmo Lula me parece seguro no Brasil, nas eleições do próximo ano. Não há um sucessor claro para ele […]Ele tentará se reeleger e tem boas condições para isso, mas também não se deve subestimar a direita brasileira e, de todo modo, serão eleições apertadas, com poucos pontos percentuais de diferença”, disse Jaimes.
Necessidade de uma mudança profunda
“Em vez de se radicalizarem ainda mais, parece que, para não caírem nessa espécie de armadilha […] essa segunda onda se viu nesse espelho e optou por uma ação mais moderada, menos conflitiva com os Estados Unidos. Ou seja, adotaram uma espécie de esquerda sistêmica, em vez de uma esquerda antissistêmica”, analisa Pulgar.
Fonte: sputniknewsbrasil