‘Filme de terror’: colaboradora de TV equatoriana narra o que viveu durante sequestro


“Expressar realmente o que aconteceu… Nunca poderíamos descrever como nos sentimos naquele momento, mas descrever é como narrar um filme de terror. Estávamos em um dia normal para um canal de televisão, […] por volta das 14h10 [16h10, horário de Brasília]. Alguns colegas entraram e disseram: ‘Eles estão entrando e atirando.’ Nesse momento, a única reação foi correr”, compartilhou a entrevistada, sob condição de anonimato.

De acordo com a colaboradora, quando as pessoas tentaram fugir, os criminosos estavam a um metro deles, então se esconder foi a única solução.

“Era possível ouvir tudo o que eles falavam. Alguns diziam: ‘Tenho vontade de matá-los, quero matar, quero matar.’ Outros diziam: ‘Tragam o ferro’, que significa arma. ‘Tragam o ferro, tragam o ferro!’ Escutamos barulhos de facões e facas.”

De repente, a área onde estavam os colaboradores da emissora “se transformou em um campo de guerra”. Os agressores pegaram os reféns e gritaram que queriam abrir a porta, porque nesse momento o canal estava com o jornal no ar. “Queremos sair ou mataremos todos eles”, exigiam os homens armados, segundo a colaboradora da TC Televisión. Eles ainda quebraram portas e janelas e roubaram dinheiro no local.
Forças Armadas tomam as ruas do Equador após fuga de um dos maiores criminosos do país do sistema prisional. Quito, 9 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 09.01.2024

“O pouco que conseguimos dizer aos nossos familiares e amigos é que estávamos sendo sequestrados, detidos por uma gangue criminosa. Também ouvimos de alguns deles que ‘sim, somos a máfia. Nada vai nos deter, nós governamos o país'”, revelou.

“De repente, escutamos: ‘A lei chegou, a lei chegou.’ ‘Diga para não entrarem, senão vamos matá-los. Avise à polícia e às Forças Armadas que chegamos ao canal.’ Depois disso, eles começaram a apontar para todos que estavam no estúdio”, acrescentou.

Conforme relembra, naquele momento as pessoas sentiram como se as balas passassem perto delas. “O que eles fizeram e o que queriam era semear o terror em todos nós e nos equatorianos”. De acordo com a colaboradora, o terror durou cerca de duas horas, até que os criminosos foram retirados pela polícia.

Fonte: sputniknewsbrasil

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