Filipinas e EUA iniciam exercícios anuais pela 1ª vez fora das águas territoriais de Manila (FOTOS)


De acordo com a Reuters, ante as alegações das Filipinas de que a China está acirrando as tensões no mar do Sul da China, França e Austrália reforçaram os laços de defesa com Manila e pretendem se juntar aos exercícios marítimos que serão realizados pela primeira vez fora das águas territoriais das Filipinas.
Os exercícios anuais Balikatan ou “ombro a ombro”, que vão acontecer de 22 de abril a 10 de maio, acontecem em meio a uma crescente disputa diplomática e encontros marítimos entre as Filipinas e a China. Dentre os diversos encontros marítimos, navios chineses acionaram canhões d’água e escoltaram embarcações filipinas para fora de suas águas reivindicadas, enquanto no campo diplomático a troca de acusações se deu de forma bastante acalorada.
“Os exercícios nesses locais operam com base na ordem internacional e no direito internacional e dentro dos seus direitos e responsabilidades soberanas. Estamos conduzindo exercícios que são normais”, disse o tenente-general dos EUA William Jurney, diretor de exercícios de Balikatan, em um briefing.
O Balikatan 24 começa hoje com uma cerimônia de abertura no Campo Aguinaldo. O exercício deste ano será a 39ª iteração do maior exercício militar bilateral anual entre as Forças Armadas das Filipinas e os EUA
Helicóptero Chinook dos EUA durante exercício militar conjunto Balikatan, em Capas, província de Tarlac. Filipinas, 14 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2024

De acordo com a apuração, embora as autoridades aleguem que os exercícios são rotineiros e não se destinam a ninguém diretamente, durante os exercícios conjuntos, as tropas dos EUA e os seus homólogos de Manila vão simular a retomada das ilhas ocupadas “pelo inimigo” nas ilhas mais a norte do país, perto de Taiwan, e na província ocidental de Palawan, virada para o mar do Sul da China.
Enquanto Pequim acusa os EUA de aumentarem as pressões na região operando nas águas do mar do Sul da China sob o argumento de prestar auxílio de defesa às Filipinas, Manila acusa a China de comportamento militar agressivo no território que era conhecido anteriormente como mar da China Meridional.
O Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu em 2016 que as reivindicações de Pequim sobre o mar do Sul da China — por onde passam rotas comerciais avaliadas em mais de US$ 3 trilhões (cerca de R$ 15,6 trilhões) anualmente — não tinham base no direito internacional. A China rejeita a decisão e construiu instalações militares em atóis disputados para apoiar as suas reivindicações.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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