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Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), usaram as redes sociais neste sábado (30) para criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o reforço no monitoramento nos arredores da residência do ex-mandatário.
Eduardo Bolsonaro citou o filósofo Friedrich Hayek ao contestar a medida: “A liberdade não se perde toda de uma só vez, é aos poucos, igual se corta salame, fatia por fatia (Hayek).” Em outra postagem, afirmou: “Espero que os policiais que violarem a casa de meu pai, tida na Constituição como asilo inviolável, saibam do abuso que estão cometendo, cumprindo ordem manifestamente ilegal.”
Flávio Bolsonaro também atacou a decisão de Moraes, afirmando tratar-se de mais uma ação ilegal. “Mais uma decisão ilegal, paranoica e que invade a privacidade das mulheres da casa de Bolsonaro. Uma humilhação com Michelle, com Laurinha, menor de idade, e com um ex-presidente da República honesto e inocente”, escreveu.
O senador ainda acrescentou: “Além de ser escandalosamente parcial para julgar, de antecipar o cumprimento da pena, o que é proibido por lei e pacífico na jurisprudência do próprio STF, Alexandre de Moraes inventou uma nova modalidade de regime: o fechado com acompanhantes. Ele dá mais uma prova de que não tem a menor condição de compor a mais alta corte do Judiciário brasileiro. As sequelas da atuação aloprada de Moraes marcarão o Brasil por muito tempo.”
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e, desde abril, está monitorado por tornozeleira eletrônica. Na nova decisão, Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal faça vistorias em veículos que deixarem a casa, inclusive nos porta-malas, e autorizou monitoramento presencial na área externa da residência, para eliminar “pontos cegos”.
Segundo o ministro, as medidas buscam “incremento nas atividades de monitoramento” e garantir que não haja qualquer possibilidade de fuga do ex-presidente.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), em manifestação recente, havia se posicionado contra a presença contínua de policiais no interior da casa, mas defendeu o reforço da vigilância no entorno da residência. Já a Polícia Federal argumentou que a tornozeleira eletrônica não seria suficiente para evitar uma tentativa de fuga, devido a possíveis falhas de sinal ou interferências que atrasariam os alertas.
Fonte: gazetabrasil