“Analisadas as alegações de todas as partes e realizada audiência, a Comissão de Recurso confirmou a decisão da Comissão Disciplinar de arquivar o processo instaurado contra a Federação Equatoriana. Entre outras considerações, entendeu que, com base nos documentos apresentados, o jogador deveria ser considerado como titular de nacionalidade equatoriana permanente, de acordo com o art. 5 par. 1 do Regulamento da FIFA para a Aplicação dos Estatutos”, diz um trecho da nota publicada pela entidade.
O argumento do Chile, que abriu o processo ao lado da Federação Peruana de Futebol, já havia sido descartado pelo Comitê Disciplinar da Fifa em junho, mas os dirigentes da Federação Chilena entraram com um recurso e conseguiram ser ouvidos novamente nesta semana. Apesar da negativa, ainda podem continuar tentando uma vaga na Copa, uma vez que há a possibilidade de apelar para a Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Como faltam dois meses para o início do mundial, o CAS teria de organizar uma audiência em caráter de urgência para julgar o caso. O Equador participará justamente do jogo de abertura da Copa do Mundo, contra o anfitrião Catar, em duelo marcado para o dia 20 de novembro.
ACUSAÇÃO DO CHILE
A tese apresentada pela Federação Chilena é que Byron Castillo teria nascido em Tumaco, na Colômbia, em 25 de junho de 1995, e não em 10 de novembro de 1998, em General Villamil, no Equador, como consta em seu registro civil. O jogador disputou oito jogos pela seleção equatoriana nas Eliminatórias Sul-Americanas, portanto teria atuado irregularmente caso a acusação fosse confirmada.
Apesar de o assunto ter vindo à tona em abril deste ano, após o Chile ter protocolado uma reclamação formal à Fifa, a nacionalidade de Castillo é assunto debatido desde 2015, quando uma transferência para o Emelec acabou não se concretizando por causa de irregularidades na documentação. Na época, o lateral-direito defendia o Norte América, também do Equador.