Fiat vai investir R$ 14 bilhões em híbridos e nova plataforma em Betim


A Stellantis continua a detalhar o plano de investimentos de R$ 30 bilhões que fará no Brasil até 2030. Após anunciar R$ 13 bilhões destinados à fábrica de Goiana (PE), a fabricante confirmou nesta segunda-feira (20) o aporte de R$ 14 bilhões para a fábrica da Fiat em Betim (MG). O valor contemplará a introdução de veículos híbridos e uma nova plataforma na unidade.

Vale lembrar que o complexo mineiro, o maior do grupo no país, produz hoje apenas modelos da marca Fiat, com exceção da Ram 700, a versão para exportação da Fiat Strada (que nós testamos recentemente) e do Peugeot Partner Rapid, furgão que é um Fiorino com logotipo da marca francesa. Entretanto, a adoção da nova plataforma, que se chamará STLA Small, pode abrir o leque para produtos de outras marcas da empresa no local, como a Jeep.

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Emanuelle Cappellano, CEO da Stellantis para a América do Sul, confirmou que a fábrica de Betim estará preparada para produzir modelos híbridos já em 2024. Isso porque a divisão de motores do complexo está recebendo um investimento de R$ 454 milhões e um maquinário importado da Europa para aumentar sua capacidade produtiva a 1 milhão de motores por ano, incluindo o início da fabricação de propulsores eletrificados da família Bio-Hybrid. As baterias virão importadas.

O executivo, inclusive, deu a entender que a fabricante pode inverter a ordem e escolher Betim para lançar seu primeiro produto híbrido flex em vez de Goiana. Embora o CEO regional da companhia não tenha dado detalhes, Autoesporte entende que se trata de uma configuração micro-híbrida (MHEV) dos SUVs Pulse e Fastback com o motor 1.0 GSE turbo flex, conhecido como Turbo 200. O lançamento poderia ocorrer já neste ano.

Cappellano deixou claro, inclusive, que apenas os motores turbo da família GSE (1.0 e 1.3) terão variantes eletrificadas no projeto Bio-Hybrid, descartando a aplicação nos motores Firefly aspirados, no 2.0 Hurricane ou nos motores a diesel do grupo. Comerciais leves também estão fora da lista. “Há segmentos como o de picapes que, no momento, ainda funcionam bem apenas a combustão”, disse Cappellano.

Junto da motorização eletrificada, Pulse e Fastback micro-híbridos receberão pequenas atualizações visuais, concentradas em especial na grade do SUV e do SUV cupê compactos. As versões devem ser posicionadas de modo intermediário na gama, entre as opções Turbo 200 apenas a combustão e os esportivos da linha Abarth.

Parte do recurso também será aplicada na introdução da plataforma modular global STLA Small, uma evolução (pelo menos na troca do nome) da base CMP já usada pelo Peugeot 208 na Argentina e pelos Citroën C3, Aircross e Basalt em Porto Real (RJ).

A empresa não detalha quando estreará essa matriz estreará em Betim, mas nossa reportagem entende que ela acontecerá em 2026, com a chegada do projeto F1H, hatch compacto que será sucessor simultâneo de Mobi e Argo no mercado brasileiro.

Na sequência, essa base dará vida à segunda geração de Pulse e Fastback (projetos F2U e F2X), conforme antecipado pelo Autos Segredos. Contudo, a grande surpresa pode estar na nacionalização do Jeep Avenger, SUV de entrada da marca que será um substituto global do Renegade. Todos esses modelos devem chegar com versões Bio-Hybrid micro-híbridas.

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Fonte: direitonews

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