A Fiat Toro pode ser definida como um dos maiores casos de sucesso da indústria automotiva brasileira por ter consolidado um novo segmento no mercado nacional, o de picapes intermediárias com estrutura monobloco — categoria inaugurada em 2015 pela Renault Oroch.
Considerada a “grande sacada” da FCA (Fiat Chrysler Automóveis) em seus últimos anos, a Toro foi lançada em 2016 como um dos produtos fabricados em Goiana (PE) a partir da plataforma Small Wide, que também originou os Jeep Renegade, Compass e Commander.
Pelo fato de ser construída com estrutura de automóvel e suspensões independentes nas quatro rodas, a Fiat Toro tem dirigibilidade mais dócil, estável e confortável que as tradicionais picapes médias fabricadas com chassi de longarinas sob a carroceria e suspensão traseira formada por eixo rígido com feixe de molas.
Bem equipada e boa de guiar, a Toro logo caiu no gosto do público urbano, pois as suas dimensões (mede menos de 5 metros de comprimento) permitem uma convivência mais amigável na cidade que as desajeitadas caminhonetes médias, mais voltadas ao uso comercial e fora-de-estrada. O espaço da cabine, por sua vez, é bem superior ao das picapes compactas, como Fiat Strada e Volkswagen Saveiro.
Outra característica apreciada pelos donos da Toro é a versatilidade de sua caçamba de 937 litros, que pode ser utilizada como um enorme porta-malas ou para transportar cargas maiores. A picape pode carregar até 720 kg, nas versões flex, ou até uma tonelada nas configurações turbodiesel.
A Fiat Toro estreou com o motor e.TorQ 1.8 flex aspirado de 139 cv de potência e 19,3 kgfm de torque, combinado ao câmbio automático de seis marchas. A caixa manual de cinco velocidades foi disponibilizada durante um breve período na versão de entrada Endurance. Esse propulsor deixou de ser ofertado em 2021.
A picape também oferece o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm. No primeiro ano de produção da picape, essa unidade podia ser combinada ao câmbio manual de seis marchas, com tração dianteira ou 4×4. Desde 2017, o motor a diesel é vendido somente com câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
Entre 2017 e 2020, a Toro foi vendida com o motor Tigershark 2.4 flex aspirado de 186 cv e 24,9 kgfm com a mesma transmissão automática das versões a diesel, mas com tração apenas dianteira.
Independentemente da versão, a Fiat Toro é sempre lembrada por quem procura por um veículo que pode ser utilizado diariamente como carro de passeio ou até mesmo para transportar cargas em atividades comerciais. A picape vem fazendo tanto sucesso nos seus oito anos de vida a ponto de ter superado a marca de 500 mil unidades produzidas e originado a Ram Rampage, uma variante mais equipada e luxuosa da Toro.
Em 2021, a Toro chegou à linha 2022 com retoques visuais e novos equipamentos, como a central multimídia com tela vertical e algumas assistências de condução. Mas a principal novidade nessa atualização veio com o 1.3 turboflex de 185 cv e 27,5 kgfm, também associado à transmissão automática e tração dianteira, que substituiu o antigo 1.8 e.TorQ.
Linha 2016
Linha 2017
Linha 2018
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Linha 2022
Linha 2023
Vale para quem busca um carro confortável, versátil e com maior altura de rodagem em relação ao solo, mas não quer aderir aos SUVs e nem às grandalhonas e caras picapes médias. É preciso ter em mente que a Toro com motor flex tem desempenho apenas satisfatório, mas com consumo de combustível elevado. As versões a diesel são mais econômicas nesse quesito, mas são mais caras de manter (manutenção e seguro têm custos consideravelmente maiores).
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Fonte: direitonews
