Fiat Toro: os problemas e defeitos mais comuns da caminhonete


A Fiat Toro é uma das picapes mais vendidas do Brasil e líder do segmento das intermediárias. Com porte entre as pequenas e as médias e feita sobre monobloco, a caminhonete popularizou o segmento que já contava com a Renault Oroch quando ela chegou.

A Toro tem 4,94 m de comprimento, 1,84 m de largura, 2,99 m de entre-eixos, 1,73 m de altura e 937 litros de caçamba. Além disso, a picape é capaz possui até 750 kg de capacidade de carga nas versões flex e 1 tonelada nas diesel, além de 400 kg de capacidade de reboque.

Nas versões flex de tração dianteira da Fiat Toro, o motor é o 1.3 T270 turbo flex de 180 cv de potência com gasolina e 185 cv com etanol, e 27,5 kgfm de torque com qualquer combustível. O câmbio é automático de seis marchas e há bloqueio eletrônico do diferencial dianteiro.

Já as versões 4×4 da picape intermediária a diesel são movidas pelo 2.0 TD350 turbo diesel de 170 cv de potência e 35,5 kgfm de torque, associado ao câmbio automático de nove marchas. A tração inclui reduzida, usando a primeira marcha do próprio câmbio, mas não há bloqueio de diferencial traseiro.

Embora seja um sucesso de vendas, no entanto, não livra a Fiat Toro de ter problemas e reclamações de seus proprietários.

A troca do antigo motor 1.8 pelo 1.3 turbo tinha como objetivo a redução no consumo de combustível e uma melhora no desempenho. A primeira parte, no entanto, não parece ter dado certo, pois o bom apetite da Toro por gasolina e etanol é uma das mais frequentes queixas dos proprietários.

“Minha Fiat Toro 2023, nos primeiros 25 mil km, tinha uma média razoável de consumo em uso misto, ficando entre 8,5 a 9 km/l, mas depois desse km, estou vivendo um pesadelo de elevado consumo, só faz em média 6,5 km/l. Já levei várias vezes à concessionária, mas não conseguiram resolver”, escreveu Rafael, de Fortaleza (CE).

Relatos:

Procurada, a Stellantis não respondeu aos questionamentos.

Compartilhando o motor 1.3 turbo com os Jeep Renegade e Compass, a Toro repete o defeito do óleo lubrificante desaparecendo do cárter. Diversos proprietários relatam que medem o nível com frequência e ele vai ficando cada vez mais baixo.

O mesmo problema aconteceu com Emerson, de Campo Largo (PR). Segundo o proprietário de uma Toro 1.3 2022, com apenas 1.800 km rodados sua picape ficou sem lubrificante. “O que me garante que não tem um problema grave nas peças internas do motor? Está consumindo 1 litro de óleo a cada 1000 km”, relatou.

Relatos:

O que diz o especialista

O problema da Toro é o mesmo causado no Renegade e, segundo o mecânico Paulo Vianna, o motor pequeno para o porte destes modelos faz com que a pressão da turbina tenha sido aumentada, causando o consumo de óleo. “Se o nível [de óleo] baixar demais, a falta de lubrificação das peças móveis vai elevar excessivamente a temperatura interna e o motor poderá fundir. Esses carros ainda estão em garantia, mas se o consumidor tiver de arcar com o reparo do motor, o custo será bem alto porque envolve a troca de diversos componentes e a retífica do motor”, explica.

Procurada, a Stellantis também não se pronunciou sobre a Toro. Quando questionada sobre o Renegade, disse que “os casos pontuais de clientes do Jeep Renegade que buscaram atendimento nas Concessionárias Jeep ou canais oficiais de atendimento, foram orientados e devidamente tratados.”

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Combustível do futuro: gasolina com mais etanol prejudica o carro?
Próxima Volkswagen Golf GTI tem retorno confirmado ao Brasil após 5 anos