Fiat terá compacto abaixo do Grande Panda para ser “Mobi da Europa”


Em entrevista concedida recentemente à revista britânica Autocar, o chefão global da Fiat, Olivier François, deu detalhes importantes sobre os planos estratégicos da marca para os próximos anos. Na conversa, falou sobre o posicionamento da fabricante dentro da Stellantis, anunciou a implementação de uma espécie de “regra de tamanho” e, em especial, confirmou a chegada de uma nova geração para o pequeno Panda (não confundir com o Grande Panda).

Carro mais vendido da marca atualmente na Europa, o compacto será completamente renovado em 2030 e passará a ser construído sobre a plataforma STLA City, derivada das arquiteturas Smart Car e STLA Small. Ficará, claro, posicionado abaixo do recém-lançado Grande Panda e será o veículo mais barato da marca na região. Ou seja, estará para a Fiat da Europa assim como o Mobi está para a Fiat do Brasil.

O novo Panda será oferecido tanto em versões híbridas quanto em variante puramente elétrica, tendo produção concentrada na fábrica de Pomigliano, na Itália. O design será diferente do Grande Panda, mas também terá pegada retrô.

Outra novidade diz respeito ao tamanho dos próximos carros. Segundo François, nenhum lançamento da Fiat terá mais de 4,50 metros de comprimento a partir de agora. A nova diretriz será imposta para evitar sobreposição com outras marcas do grupo, principalmente a Citroën. As duas já têm portfólios bastante próximos nos segmentos de entrada (C3 e Grande Panda são primos diretos) e agora querem evitar que haja canibalismo também nos degraus de cima, especialmente no chamado segmento B.

É nesse nicho que a Fiat lançará nos próximos anos dois importantes modelos: o Giga Panda e o Panda Fastback. Ambos já foram apresentados como conceitos em 2024 e chegarão ao portfólio da marca como equivalentes italianos dos Citroën Aircross e Basalt. O primeiro, segundo François, será posicionado na “extremidade inferior do segmento compacto”, enquanto o segundo atuará como sucessor indireto do Tipo europeu.

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Desde já, é certo que terão menos de 4,50 metros de comprimento, ficando próximos dos 4,39 m do Aircross europeu e dos 4,34 m do Basalt à venda no Brasil. Dessa forma, haverá distância em relação a outros carros da Citroën, como o C4 X, que mede 4,60 e representa a marca no segmento de SUVs-cupê na Europa.

No Brasil, o lançamento das versões de produção do Giga Panda e do Panda Fastback também é bastante aguardado. Ambos terão a missão de suceder as atuais gerações de Pulse e Fastback, chegando por volta de 2027. Haverá, vale ressaltar, diferenças de conteúdo e design, seguindo a receita do Grande Panda, que será lançado por aqui no início de 2026 para suceder Argo e Mobi, mas com novo nome e exclusividades no visual, conforme apurado por Autoesporte.

Apesar da imposição do limite de 4,50 metros de comprimento, não serão exatamente todos os veículos da Fiat que seguirão a regra. É o caso dos modelos comerciais, como as vans Scudo e Ducato, além do multiuso Doblò, que facilmente superam os 5 metros nas versões mais longas. No Brasil, ficará fora da nova diretriz a picape Toro, que na geração atual mede 4,91 metros e poderá crescer ainda mais na próxima linhagem.

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Fonte: direitonews

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