Fiat Strada de nova geração também deve ter base de Citroën C3


Quando revelou os planos para os próximos anos, a Stellantis confirmou uma nova família de compactos para a marca Fiat baseada na plataforma STLA Smart (antiga CMP) do Citroën C3. Tal família havia sido antecipada por estes quatro conceitos em fevereiro deste ano. O quarteto incluía uma caminhonete compacta que antecipa o futuro da Fiat Strada.

Para a Europa, estão confirmados apenas três dos quatro produtos: o hatch Grande Panda, um SUV derivado do Aircross – que deve se chamar Multipla por lá e antecipa a segunda geração do nosso Pulse – e um SUV cupê derivado do futuro Basalt (que deve gerar a segunda geração do Fastback por aqui). Mas não há, ainda, nenhuma menção à picape.

Já na América do Sul, a situação é ainda mais peculiar: a apresentação apontava apenas um carro da família Smart para cá, que será o projeto F1H – sucessor simultâneo de Argo e Mobi, e baseado no Grande Panda, porém com visual e nome diferentes em nosso mercado.

Autoesporte entende que os novos Pulse e Fastback brasileiros não foram confirmados no plano global da Stellantis para não afetar as vendas dos modelos atuais, que têm pouco tempo de mercado e ainda têm bons anos pela frente – estão prestes, inclusive, a se tornarem os primeiros modelos híbridos flex da marca no Brasil, entre o fim deste ano e começo de 2025.

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

Assim, enquanto o sucessor nacional de Argo e Mobi será lançado em 2026, a segunda geração do Pulse com plataforma STLA Smart está prevista apenas para 2027 e a do Fastback chega só entre 2028 e 29. Todos esses modelos devem ser fabricados em Betim (MG), marcando a estreia da matriz STLA Smart (CMP) na planta mineira.

E, aí, resta a dúvida: o que acontecerá com a Strada? Afinal, a picape Concept Dolce, mostrada em fevereiro na Europa, é sua teórica sucessora. A resposta é que o projeto Fiat Smart da Stellantis prevê, sim, uma nova geração da caminhonete compacta brasileira derivada dessa mesma matriz. Ou seja, a Strada do futuro terá base e cabine do C3 e não mais da dupla Uno e Mobi (plataforma 327).

Só que o projeto ainda não está aprovado pela matriz da Stellantis, que aguarda a evolução de desempenho do produto atual no Brasil para aprovar ou não o desenvolvimento de sua terceira geração. Por isso, não há qualquer menção a esse produto sequer na família já confirmada para a Europa, diferentemente dos outros três produtos antecipados quatro meses atrás.

Veja também:

Por ser um utilitário, a Fiat Strada possui um ciclo de atualizações mais lento que o de um veículo de passeio. Lembremos que a primeira geração da picape durou quase 25 anos utilizando a matriz 178 do Palio. O projeto atual, usando a matriz 327 de Uno II e Mobi, foi lançada em 2020 e deve durar pelo menos uma década em produção.

Assim, a terceira geração da Strada, com plataforma STLA Smart e cabine de Citroën C3, é o último projeto previsto no plano de R$ 30 bilhões da Stellantis no Brasil até 2030, com direito a motor micro-híbrido turbo de 12V. As projeções desse futuro modelo, meramente ilustrativas, são de Kleber Silva, do @kdesignag, gentilmente cedidas à reportagem.

Só que tudo isso vai depender de como evoluir o desempenho da atual Fiat Strada nas vendas. Se a picape derivada da veterana plataforma do projeto 327 do Uno continuar bem nos emplacamentos, é possível que seu projeto seja esticado por mais algum tempo a terceira geração seja adiada para um próximo plano de investimentos.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Bancário furta R$ 190 mil de trabalhador rural que ia se aposentar
Próxima MP 1227: China compra soja dos EUA, como fica o Brasil?