Não está fácil encontrar um carro barato no Brasil. No mercado atual, é preciso pagar cerca de R$ 80 mil para conseguir levar um carro zero para casa. Este, aliás, é quase o preço pedido pelo Fiat Mobi que, na versão básica Like, é negociado por R$ 80.990.
A tabela de preço é amenizada por campanhas promocionais feitas pela marca e pela rede de concessionárias. Por exemplo, o compacto aparece com desconto por R$ 69.975 no site da Fiat. A oferta, bom dizer, é exclusiva para compra na modalidade “venda CPF/VD”. O valor chega a ser ainda menor nas condições dos lojistas. Ainda assim, fica a dúvida: o Mobi vale o que custa?
Bom, nós fomos ao encontro do carro básico para tentar entender isso. A configuração não é fácil de se achar nos showrooms da marca. Segundo lojistas do Rio de Janeiro ouvidos por Autoesporte, a versão tem saída rápida, o que dificulta manter uma unidade exposta.
Por sorte, registramos um modelo já faturado e que aguardava pelo comprador em concessionária da marca no bairro do Cachambi, Zona Norte da capital fluminense. Na cor preto vulcano, que é a tonalidade padrão e não acrescenta custo, o Mobi Like até disfarça sua simplicidade.
A começar pela dianteira, onde o modelo oferece faróis de neblina de série. O sistema fica ligado em tempo integral e funciona também como a luz diurna de rodagem. Os repetidores de seta nos retrovisores também podem sugerir um carro mais equipado. Os espelhos, por outro lado, tem acabamento em preto fosco, bem como as maçanetas.
Dentro da realidade básica, os faróis têm apenas lâmpadas halógenas e as rodas de 14 polegadas são de aço com calotas. Na traseira, o compacto tem lanternas também com as luzes convencionais, limpador, desembaçador e a abertura do porta-malas na chave.
Por falar em chave, para acessar o interior do Mobi e trancar o carro é preciso usá-la de fato — a chave canivete com telecomandos só é equipada na versão Trekking.
A cabine traz painel com dois mostradores analógicos e um pequeno computador de bordo digital central. Não há rádio ou central multimídia. O modelo tem apenas preparação para o sistema de som. Os retrovisores são manuais, assim como os vidros das portas traseiras. O ar-condicionado é manual e há uma porta 12V.
O acabamento tem apenas plástico nos painéis, console e outras superfícies. Já os bancos dianteiros são inteiriços e têm revestimento com mescla de tecidos. Na segunda fileira, o modelo repete o padrão de acabamento.
Em segurança, o Mobi tem o básico para um carro atual. A versão vem com freios ABS, controles eletrônicos de estabilidade, tração e assistente de partida em rampa. Há ainda monitor de pressão dos pneus, sinalização de frenagem de emergência, brake light e dois airbags (dianteiros). A direção do compacto é elétrica.
As medidas do Mobi são ideais para quem busca um carro urbano e não costuma andar com carro cheio. O compacto tem 3,59 metros de comprimento, 1,66 m de largura e 2,30 m de entre-eixos. O porta-malas é limitado. São apenas 200 litros.
No conjunto mecânico, o carro de entrada da Fiat passou por atualização recente. A linha 2025 usa o motor mais eficiente, 1.0 Firefly, três-cilindros, que rende até 75 cv de potência e 10,7 kgfm de torque no etanol. Com gasolina, os números caem para 71 cv e 10 kgfm — na linha anterior, a versão era equipada com o motor 1.0 Fire. A transmissão é manual de cinco marchas.
O conjunto faz o Mobi chegar a médias de 9,8 km/l e 10,6 km/l na cidade com etanol e gasolina, respectivamente. Na estrada, o consumo é de 14 km/l e chega a 15,1 km/l. Os dados são do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews