Lançado recentemente na Europa, o Grande Panda atende por várias alcunhas no Brasil. Substituto de Mobi e Argo em nosso mercado, já foi chamado de Projeto 328, F1H e até mesmo de “C3 da Fiat“. Fontes, ligadas à montadora, contudo, deram pistas bastante interessantes para Autoesporte sobre o nome do futuro lançamento da marca que pertence à Stellantis. Ah! E sobre o visual do hatch com traços de SUV compacto também.
De acordo com interlocutores ouvidos pela reportagem, a chance do modelo ser vendido como Grande Panda em nosso mercado é ínfima. Isso porque a empresa vem há algum tempo conduzindo estudos a fim de chegar ao resultado ideal nesse sentido. Clínicas internas feitas pela equipe, até então liderada por Frederico Battaglia, à época principal liderança do marketing da Stellantis América do Sul, hoje vice-presidente das marcas Fiat e Abarth, já indicavam que o nome não era o que mais agradava.
A ideia da empresa na região é de continuidade. Justamente por isso, há “probabilidade gigantesca”, segundo fontes, de que o Grande Panda seja chamado de Argo, ou até mesmo de ‘Novo Argo’, no Brasil.
Foi cogitada, ainda, a possibilidade de voltar a trabalhar com o nome Uno. Todavia, os mesmos interlocutores dizem que, embora a carta esteja à mesa, sem descarte, sua utilização é um tanto quanto difícil. Já Panda está praticamente fora do baralho, por não ter tanta “aderência” quanto as outras opções e não ter um “legado em nosso país”.
Em termos visuais, a reportagem também pode afirmar que o Grande Panda nacional será diferente do modelo europeu. Nas laterais, por exemplo, não haverá o nome do modelo estampado nas portas como no velho continente. Discute-se ainda se, na parte traseira, teremos estampa similar para a marca Fiat. Questão de custos e, também, de aceitação do público da região, afirmam interlocutores.
A estamparia das portas, diferente do modelo europeu, já foi citada pelo site Autos Segredos, que publicou sua projeção do Grande Panda. Autoesporte, contudo, não é capaz de chancelar o restante do desenho com base em nossas apurações.
Se, por um lado, fontes dizem que o modelo realmente terá pequenas nuances com relação ao europeu, outros nos garantem que haverá maior licença poética por aqui, e que teremos uma dianteira bem mais discreta. Nos dois casos, porém, os faróis ficariam integrados à grade. Assim, o visual seria pouco mais conservador que o do hatch lançado em janeiro.
Além disso, o interior do nosso “Novo Argo” deverá ser parecido com o do Grande Panda europeu. Espera-se apenas algumas mudanças nas forrações e até mesmo opções distintas de cores para o habitáculo – especialmente nos bancos e no painel.
O Grande Panda nacional começa a ser produzido no início de 2026, em Betim (MG). O hatch com jeitinho de SUV é feito, vale lembrar, sobre a plataforma Smart Car – uma simplificação da CMP, mesma do Citroën C3.
Protótipos com a carcaça do modelo da marca francesa, inclusive, já circulam pelos arredores da fábrica mineira. O site Autos Segredos diz que os primeiros veículos com carroceria definitiva começarão a ser testados no meio do ano. Tal informação foi corroborada pela reportagem de Autoesporte, que ouviu de interlocutores que as unidades poderão começar a rodar já a partir de maio.
Por aqui, o modelo terá configurações equipadas com o propulsor 1.0 Firefly que rende 75 cv de potência e 10,7 kgfm de torque. Além disso, espera-se opções mais caras com o mesmo sistema híbrido leve dos Fiat Pulse e Fastback e dos vindouros Peugeot 208 e 2008 GT. Explicamos sobre a tecnologia neste texto.
O novo modelo da Fiat chega com a missão de substituir, ao mesmo tempo, Mobi e Argo. A tendência é de que o primeiro saia de linha logo de cara, enquanto o segundo, que passará por pequenina mudança no visual este ano, atue por um tempo como o modelo de entrada da marca no Brasil.
Não à toa, fontes disseram à Autoesporte que a empresa irá adotar a boa e velha estratégia de manter “gerações diferentes” do mesmo carro no mercado simultaneamente. Dessa forma, de fato, o nome Argo (ou Novo Argo) para o Grande Panda no Brasil faz mais sentido que resgatar Uno (algo ainda defendido internamente) ou até mesmo manter a mesma graça do europeu. A ver.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews