Fiat Fastback Abarth: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem


O Fiat Fastback Abarth sempre foi um carro chamativo, uma espécie de “versão de imagem” do modelo no mercado brasileiro. Agora, o SUV cupê esportivo voltou a ficar ainda mais em evidência nos holofotes graças à chegada do rival Volkswagen Nivus GTS, lançado recentemente no Brasil por R$ 175 mil.

Algumas vantagens do Fastback Abarth sobre o Nivus GTS são latentes. Uma é o preço: o esportivo da Fiat custa R$ 171.990, R$ 4 mil a menos do que o concorrente. Pela pintura vermelho Montecarlo, a cor da unidade que testamos, são cobrados outros R$ 990. Além disso, o motor 1.3 Turbo 270 flex rende até 185 cv, contra 150 cv do 1.4 250 TSI da Volkswagen.

Mas será que o Fiat Fastback Abarth vale a compra? Autoesporte lista cinco detalhes que justificam inteiramente sua aquisição e outros cinco que demandam cautela. Antes, assista ao nosso vídeo com teste de pista do Volkswagen Nivus GTS:

1) Mais rápido que o Nivus GTS

O desempenho é um ponto fortíssimo do Fastback Abarth. Afinal, é o que se espera de um carro esportivo. Aliás, tanto ele quanto o Pulse Fastback são os únicos dois Stellantis com motor 1.3 GSE turbo flex de quatro cilindros, 16 válvulas, injeção direta e comando com variação inteligente a manter os 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque com etanol. Usando gasolina, temos 180 cv.

No Nivus GTS, são 150 cv e 25,5 kgfm independentemente do combustível. Em nossa pista de testes, a potência e o torque extra se fizeram sentir na prática: o Fastback Abarth foi de 0 a 100 km/h em 8,2s, contra 9,6 s do Nivus GTS. Diferença importante de 1,4 s.

2) Esportividade

Além de acelerar bem, o Fastback Abarth exala esportividade em outros detalhes, como o visual externo, as duas saídas de escape, as rodas aro 18 escurecidas e palitadas, o acabamento com faixas imitando fibra de carbono no painel, a suspensão mais firme que a de um Fastback comum e, claro, o modo Poison, que funciona muito bem, deixando o motor mais cheio, as respostas nos pedais mais diretas, o ruído mais “pipocante” e o veículo, mais instigante num geral.

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3) Bom para o dia a dia

Apesar da boa dose de esportividade, o Fastback Abarth é um carro “usável” no dia a dia. Sua suspensão é mais durinha, mas não a ponto de deixar o carro tão desconfortável ou inguiável. Apesar de perder 0,5 cm em relação às versões “civis”, o esportivo ainda tem bons 18,7 cm de vão livre do solo, 20 graus de ângulo de ataque e 23 graus de ângulo de saída. Nada de sofrer ao passar por lombadas e valetas.

4) Mimos tecnológicos

O Fiat Fastback Abarth traz alguns mimos interessantes, como freio de estacionamento eletrônico, console central elevado, carregador de celular por indução com ventilação e faróis de neblina com função cornering (que o Nivus perdeu em sua reestilização visual). A partir da linha 2026, o SUV compacto deve incorporar opcionalmente o teto solar, que a Volkswagen tampouco oferece em seu rival.

5) Porta-malas

É ineguável que o Fiat Fastback tem um dos porta-malas mais generosos do segmento. São 516 litros. Tudo bem que o eixo traseiro demanda a presença de um degrau no compartimento, mas ainda assim o volume é enorme, e com um tampão dobrável muito leve fácil de se manusear.

1) Detalhes dinâmicos

Ok, o Abarth anda bem, é divertido e tem um ronco bonito, mas ainda é um Fastback. Além dos pedais tortos em relação ao banco, algo inerente a todos os produtos da plataforma MLA, o SUV cupê tem uma traseira muito proeminente, o que até ajuda a melhorar a aerodinâmica, mas não faz tão bem assim para a distribuição de peso. Além disso, os freios traseiros seguem a tambor e cheguei a sentir uma leve tendência ao fading em frenagens mais duras, mais comuns em um carro esportivo.

2) Fator Limited Edition

Quem busca um bom desempenho, mas não quer perder conforto, prefere uma suspensão mais macia e não liga para os apetrechos esportivos, pode comprar um Fastback Limited Edition by Abarth, que custa R$ 3 mil a menos (R$ 168.990). Verdade que a potência deste caiu para 176 cv com o Proconve L8, mas é uma versão mais macia e a lista de equipamentos é basicamente a mesma.

3) Itens de segurança

Para um carro de R$ 170 mil, o Fastback Abarth não dispõe de tantos itens de segurança assim. São quatro airbags (contra seis do Nivus GTS) e não há assistentes como controle de cruzeiro adaptativo (ACC) nem de permanência em faixa. O pacote Adas de segurança ativa contempla apenas frenagem autônoma de emergência, farol alto automático e alerta de evasão de faixa sem correção no volante.

4) Rebarbas no acabamento

O acabamento do Fiat Fastback Abarth é criativo e tem toques de esportividade na medida certa, mas preserva a predominância de plástico rígido e alguns erros das versões mais baratas do SUV cupê, como rebarbas e desalinhamentos. A tampa do porta-luvas é a parte que mais chama a atenção e incomoda, pois fica torta em relação ao painel.

5) Isolamento acústico

Isolamento acústico não é um ponto tão forte do Fiat Fastback, padrão que se preserva na versão Abarth. Com o ronco mais proeminente das duas saídas de escapamento, a experiência sonora a bordo pode incomodar quem não for verdadeiramente apaixonado por um ronco de motor onipresente na cabine.

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Fonte: direitonews

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