Na última quarta-feira (12) publicamos que a Fiat trabalha no desenvolvimento de um novo carro popular, que será lançado em 2026 com a missão de substituir, de uma só vez, Argo e Mobi. Eis que um dia depois, a Stellantis apresentou os planos do grupo automotivo para os próximos anos aos investidores e confirmou o que havíamos antecipado.
Um novo modelo de entrada está previsto para os próximos anos, mais exatamente até 2026. E vai usar a mesma plataforma da família do Citroën C3, composta pelo hatch, o SUV de sete lugares Aicross e o Basalt, que chega no segundo semestre.
Até então, a Stellantis tratava essa plataforma como CMP (a mesma dos Peugeot 208 e 2008). Mas após o lançamento das versões europeias de C3 e Aircross, a base passou a ser chamada Smart Car. A tendência é que as filiais brasileiras comecem a usar tal nomenclatura.
De todo modo, o próximo Fiat popular será mostrado na Europa em 11 de julho, como a nova geração do Fiat Panda, clássico modelo de entrada da marca italiana no Velho Continente. O modelo será fruto do projeto F1H, que é global e também virá ao Brasil.
O projeto F1H também vai marcar uma nova era da Fiat: vão-se os projetos puramente regionais, criados e pensados para o consumidor brasileiro, e chegam modelos compartilhados com outros mercados, como a própria Europa e a Turquia.
Essa informação é reforçada pelo slide acima. Afinal, a Stellantis também confirmou três novos carros da Fiat com essa mesma base para a Europa. No continente sede da empresa, as veículos devem ser até mais refinados, a exemplo do que a Citroën fez com C3 e Aircross.
Por sua vez, a versão brasileira do hatch não necessariamente se chamará Panda. Segundo o site Autos Segredos, o projeto brasileiro é chamado internamente de “Argo de nova geração”, o que significa que há chances de que mantenha Argo como nome definitivo. Entretanto, há chances de que ele passe a se chamar Panda e até o velho nome Uno é cotado para ser ressuscitado.
Seja como for, fato é que o Fiat F1H marcará a estreia da plataforma modular global Smart Car, de origem Peugeot-Citroën, na fábrica de Betim (MG). Além disso, Autoesporte pode agora afirmar que sua base estrutural será o Citroën C3 produzido pela mesma Stellantis em Porto Real (RJ).
Ao observar as imagens de patente do Fiat F1H, após termos recebido a informação de fontes, foi possível ver como a inclinação da coluna A do F1H, bem como a transição desta para o teto, são exatamente as mesmas do C3 – assim como a coluna B. Isso indica que ambos os modelos compartilharão a mesma estrutura monobloco.
Haverá mudanças de estamparia, como os formatos e vincos das portas laterais e as caixas de roda. Da mesma forma, os balanços dianteiro e traseiro do F1H serão mais sobressalentes que os do C3, aumentando o comprimento de menos de 4 metros (pensado para o mercado da Índia) para cerca de 4,10 m, ao estilo de Chevrolet Onix e Volkswagen Polo.
O entre-eixos deve ser o mesmo do Citroën, 2,54 m, assim como a largura próxima a 1,75 m, Entretanto, assim como o próprio C3, o modelo não será posicionado como um SUV, mas sim como um hatch de vão livre do solo generoso e alta robustez.
Vale observar que o projeto F1H tem como base a família C3 que será vendida com motores apenas elétricos na Europa. Isso significa que ele será mais sofisticado do que o Citroën brasileiro em segurança e tecnologias. Seu objetivo será suceder Argo e Mobi de uma vez no mercado nacional.
Entretanto, ele não será o modelo mais barato da Stellantis no Brasil. Este papel caberá ao próprio Citroën C3, começando na faixa de R$ 70 mil. O Fiat F1H virá na sequência, ocupando uma posição entre R$ 80 mil e R$ 110 mil. Terá motores 1.0 Firefly (manual), 1.3 Firefly (manual ou CVT) e Turbo 200 1.0 turbo micro-híbrido de 12V (automático), todos flex.
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Fonte: direitonews
