Fiat Argo e Cronos: veja o que oferecem os carros de R$ 100 mil da marca


Quem está interessado em gastar até R$ 100 mil em um carro tem duas opções racionais à disposição no catálogo da Fiat. O Argo é o terceiro carro mais vendido no Brasil em 2025, atrás só de Strada e Polo. A principal razão para isso? O hatch é um dos favoritos de locadoras e grandes frotistas. Mais de 40 mil das 54.432 unidades emplacadas foram vendidas para empresas — ou seja, quase 75%.

Projeto antigo, o Argo pode não ser a primeira opção de quem busca tecnologia ou inovação, mas é a escolha óbvia para quem compra carro por aspectos racionais, como confiabilidade e custos de manutenção camaradas.

Na linha 2026, a Fiat até reforçou a lista de equipamentos com faróis de LED, mas só nas versões 1.3 (107 cv e 13,7 kgfm). As mais baratas, 1.0 de 75 cv e 10,7 kgfm, seguem com lâmpadas halógenas e ficam devendo itens de segurança.

A versão homologada no Carro Sustentável é a mais barata. Tão espartana que nem sequer tem nome. Chamada de Argo 1.0, sai por R$ 91.990, um aumento considerável em relação aos R$ 86.990 anunciados no lançamento do programa.

Se a opção for esta, parece não fazer sentido tirar o carro da concessionária sem acrescentar um pacote opcional que custa R$ 2.300 e inclui recursos interessantes, como ar-condicionado digital, acesso por chave presencial, partida por botão, faróis de neblina, sensor de estacionamento e vidros elétricos traseiros.

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Ao volante, o Argo já não empolga há algum tempo. Leva 13,4 segundos para ir de zero a 100 km/h, consequência do câmbio manual de cinco marchas com relações curtas para privilegiar o uso urbano. Pelo menos o consumo compensa a morosidade: com gasolina, o Argo faz 13,6 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada (Inmetro).

Fruto de um projeto com uma década de concepção, o Argo é um dos hatches compactos mais apertados do mercado. A carroceria de 4,03 metros de comprimento não permite milagres, com 2,52 m de entre-eixos. Como comparação, o Polo é quase 5 centímetros maior nessa medida. No porta-malas vão 300 litros, o que está na média da categoria.

Se optar por comprá-lo, vale negociar um bom desconto, já que o futuro do Argo parece definido. O Grande Panda tem estreia prevista para 2026 no Brasil para substituí-lo, seja como sucessor direto, caso mantenha o nome europeu, seja como uma nova geração, se a Fiat decidir chamá-lo de New Argo.

O Fiat Cronos não se enquadra no programa Carro Sustentável por uma simples razão: ele não fala português. Produzido em Córdoba (Argentina), chega importado por aqui.

Outro esclarecimento necessário é que, para este guia, com limite de preço estipulado em R$ 110 mil, a única versão que se encaixa é a de entrada, Drive, ofertada por R$ 106.990, sendo, assim, um dos carros 1.0 aspirados mais caros do país. Além dela, o Cronos tem variantes com o mesmo 1.3 Firefly de Argo e Pulse, mas aí a tabela chega a R$ 119 mil.

Comum a todas as configurações do Cronos 2026 é o visual levemente atualizado, com grade e para-choque dianteiro redesenhados. No que tange especificamente à opção Drive, há um pacote básico que entrega central multimídia com tela de 7 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica, volante multifuncional, rodas de 15 polegadas com calotas e chave tipo canivete. Por mais R$ 3.090, é possível adicionar câmera de ré, retrovisor externo elétrico e rodas de liga leve aro 15.

Se você esperava faróis de LED e airbags laterais, esqueça. A única versão com motor 1.0 não oferece os recursos nem como opcionais. O Cronos Drive tem o mesmo conjunto mecânico do Argo de entrada. São 75 cv e 10,7 kgfm com etanol, e câmbio manual de cinco marchas.

Por ser mais pesado, o sedã apresenta desempenho e consumo piores. Para ir de zero a 100 km/h, são necessários 15,3 segundos. Com gasolina, o Inmetro registra 11,9 km/l na cidade. Na estrada, a aerodinâmica beneficia o três-volumes e eleva o número para quase 16 km/l, o que é invejável até para alguns modelos híbridos.

Outro trunfo do Cronos é o porta-malas de 525 litros, o maior entre os sedãs compactos. Ao volante, espere comportamento similar ao do Argo: suspensão e direção macias, câmbio com engates nem tão precisos e acelerações e retomadas que exigem paciência.

Para os próximos anos, o futuro do Cronos é incerto. A Fiat apresentará uma nova família de compactos formada pelo Grande Panda, por dois SUVs para o lugar de Pulse e Fastback e por uma nova geração da Strada. Com o segmento em queda, o desfecho cada vez mais provável do sedã deve ser o fim de linha.

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Fonte: direitonews

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