FIA reconhece erros no acionamento da bandeira preta com círculo laranja


A bandeira preta com círculo laranja é acionada quando um piloto possui danos no carro que podem representar perigo para os outros competidores e para ele mesmo. Como por exemplo, peças caírem e atingir alguém na pista, ou o próprio piloto correr riscos com um carro instável.  

Uma vez que a bandeira é acionada, piloto e equipe recebem um alerta para se dirigirem aos boxes e resolver o problema em questão. Na temporada de 2022, a bandeira causou alvoroços na competição, isso porque a Haas recebeu seis vezes o sinal, enquanto outros times “passaram despercebidos”.

O episódio mais marcante foi no GP dos Estados Unidos, no qual Fernando Alonso ficou sem um dos espelhos retrovisores e Sergio Pérez teve a asa dianteira danificada, porém ambos permaneceram na pista, sem receber a bandeira preta e laranja por parte da FIA.   

A Haas se indignou com a situação e fez um protesto contra as duas equipes, a Red Bull não teve nenhuma punição, pois mandou fotos da asa de Pérez para os comissários durante a corrida e recebeu a aprovação para permanecer na pista, já a Alpine perdeu a sétima posição de Alonso, mas com um apelo a decisão foi revogada.

Agora, Nikolas Tombazis, diretor técnico da FIA, em conversa com o Motorsport-week, reconheceu que a instituição errou em alguns momentos com o acionamento da bandeira.  

“Vimos retrospectivamente que alguns carros não receberam uma bandeira. Tivemos uma situação em Baku onde um carro entrou na pista que realmente não deveria ter entrado. Aí nós erramos. Então, eu acho que isso criou uma reação exagerada onde começamos a considerar os carros inseguros mesmo quando eles estavam no limite, digamos, fomos na direção errada e tomamos algumas medidas corretivas depois dos EUA.”

“É difícil, claro. Ainda sinalizaríamos um carro com sérios danos estruturais, como Hamilton em Singapura, por exemplo, quando sua asa estava raspando no chão. Mas em 99% dos casos, as equipes trazem os carros para qualquer lugar, eliminando a necessidade de intervenção”, concluiu Tombazis.

 

 

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