Ferrari elétrica é confirmada para 2026 com quatro motores e 1.000 cv


Lançamento de peso dentro do calendário de novidades da Ferrari, o tão aguardado primeiro superesportivo elétrico da marca acaba de ter os primeiros detalhes técnicos revelados. Em comunicado, a montadora anunciou que o novo modelo contará com componentes desenvolvidos internamente e oferecerá “níveis de desempenho inigualáveis”. O conjunto será formado por quatro motores e entregará nada menos que 1.000 cv de potência.

A Elettrica, como é chamada provisoriamente, terá dois propulsores elétricos no eixo dianteiro, entregando 286 cv, e mais dois no eixo traseiro, produzindo 843 cv. No modo boost, a potência total deverá ultrapassar os 1.000 cv. Com essa configuração, a Ferrari promete aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e uma velocidade máxima de 310 km/h.

O condutor poderá escolher entre três modos de condução: Range, Tour e Performance. Além disso, o sistema Torque Shift Engagement oferecerá cinco níveis selecionáveis ​​de potência e torque, com acionamento por comando do lado direito, enquanto outro comando à esquerda ajustará a intensidade da frenagem. O modelo será ainda o primeiro veículo da Ferrari equipado com subchassi traseiro separado, projetado para reduzir a vibração e o ruído na cabine.

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A bateria será integrada ao assoalho, rebaixando o centro de gravidade em 80 mm na comparação com um modelo de combustão equivalente. A capacidade será de 122 kWh, com densidade energética de 195 Wh/kg — a Ferrari afirma ser a mais alta entre os veículos elétricos de produção. O conjunto também terá um sistema de resfriamento avançado capaz de suportar carregamento ultrarrápido de até 350 kW. A autonomia ultrapassará os 530 km, segundo previsões da própria marca.

Outro detalhe interessante diz respeito ao ruído adicionado ao conjunto para camuflar o silêncio inerente ao funcionamento dos motores elétricos. Em outras montadoras, esportivos do tipo contam com sistemas artificiais que pouco empolgam fãs de supercarros. No caso da Ferrari, haverá um sensor realista montado no inversor e capaz de detectar as vibrações mecânicas do trem de força.

Os sons captados serão amplificados para criar o que a empresa descreve como “um timbre natural e evolutivo que reflete a forma como o carro está sendo conduzido”. Resta saber como será o resultado na prática, ainda mais levando em conta a inevitável comparação com o ronco característico gerado pelos carros a combustão da marca.

Outra informação já confirmada é o peso. A Elettrica terá cerca de 2.300 kg e será a Ferrari mais pesada já construída. A carroceria e o chassi serão confeccionados com 75% de alumínio reciclado e a distância entre-eixos será de 2,96 metros — o que indica balanços curtos e uma posição de dirigir próxima às rodas dianteiras. A suspensão ativa será semelhante ao esquema usado por Purosangue e F80, enquanto os pneus serão de cinco tipos (especialmente desenvolvidos por três fornecedores).

O design vem sendo guardado a sete chaves e, até o momento, protótipos têm circulado apenas com carrocerias tipo mula. De todo modo, espera-se que o modelo final misture elementos de crossover, hatchback e GT. Toda produção será concentrada em Maranello, na Itália, na nova fábrica construída pela marca especificamente para modelos elétricos. O lançamento oficial será na primeira metade de 2026.

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Fonte: direitonews

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