Felipão deve assumir um cargo diretivo no Athletico-PR após a última rodada do Brasileirão e permanecer em Curitiba em 2023. Mas não descarta esticar sua presença no banco de reservas caso consiga levar os paranaenses ao Mundial de Clubes, o que o “obrigaria” a adiar a aposentadoria de técnico por alguns jogos.
“Não é acabar sendo campeão, pois a gente já é pelas oportunidades que recebeu na carreira, por tudo o que foi feito em todos os times. Já tomei a decisão (da aposentadoria) que aos poucos pode ser modificada por uma ou outra razão, mas não deverei ser técnico do Athletico no ano que vem. Mas poderei indicar alguém. Fico até o fim do Brasileiro”, ressaltou Felipão ao Podcast 90 + 3 da Conmebol Libertadores. “A partir do final do ano teremos conversa de alguns minutos com o (Mario Celso) Petraglia (presidente do Athletico) para dizer o que gostaria de fazer. Posso ir ao mundial caso ganhe, mas pode ser com alguém do lado”, frisou.
Campeão em 1995 com o Grêmio e depois com o Palmeiras em 1999 – seria, ainda, vice em 2000 com os paulistas – o técnico sabe que terá uma missão bastante complicada diante do Flamengo. Mas não deixa de sonhar. “Desejo me despedir ganhando a Libertadores, tudo foi bem feito e seria o ápice de toda uma vida no futebol que eu já tive. É muito difícil? Sim, muito. Mas pode-se fazer, nós já estamos lá e vamos tentar fazer que aconteça.”
Sem clube no começo do ano, Felipão jamais imaginou que pudesse fechar a temporada disputando o principal título do continente. E não esconde a satisfação por isso. “Chegar com o Athletico para mim é um final (de carreira) maravilhoso, que sempre sonhei. Foi para a final de 2005 e agora em 2022, um clube que a maioria dos concorrentes não apostava. Nós fomos galgando e estamos na final com o sonho maior de chegar e vencermos, para sair campeão”, afirmou, orgulhoso.
Para não diminuir seus comandados e, ao mesmo tempo, não encher a bola dos cariocas, Felipão evita cravar que o Flamengo é quem mais vem se destacando na América do Sul no momento. Mas também não esconde sua admiração pela equipe dirigida pelo amigo Dorival Jr.
“Não posso falar que o Flamengo joga o melhor futebol do continente porque não acompanho o Campeonato Argentino, o Colombiano… Temos times jogando muito bem, claro que é uma das que jogam um futebol muito interessante, bonito. Melhor, não sei. Mas o melhor é quem ganha. Alguns times jogam de tal forma, ganham, então foram os melhores. Eles jogam muito bem, sim, mas têm outras bem também.”