Em apenas 10 dias, as montadoras que aderiram ao incentivo do governo federal à indústria já consumiram R$ 150 milhões do crédito oferecido para baratear os carros. Isso corresponde a 30% dos R$ 500 milhões disponibilizados para automóveis e comerciais leves. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa pode durar apenas um mês.
Ao todo, o governo disponibilizou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários à indústria. Desses, R$ 500 milhões são para automóveis de até R$ 120 mil. Assim que esses recursos acabarem, os descontos não serão mais oferecidos.
O programa de incentivo impactou no aumento de visitas às lojas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O órgão registrou avanço de 260% no movimento na primeira quinzena de junho.
Todas as fabricantes que aderiram ao programa pediram R$ 10 milhões em créditos ao governo. Dessas, várias delas já pediram a liberação de mais R$ 10 milhões. Este é o caso de Volkswagen, Hyundai, Chevrolet, Fiat/Jeep, Peugeot/Citroën e Renault.
Vale lembrar que a concessão do crédito é feito por grupo automotivo, e não por marca. Neste caso, as fabricantes que compõem a Stellantis foram divididas: Fiat e Jeep (antiga FCA) receberam R$ 10 milhões, enquanto Peugeot e Citroën (antiga PSA) receberam outros R$ 10 milhões.
Para incentivar a indústria, o governo decidiu antecipar a reoneração do imposto sobre o diesel. Assim, em vez de aumentar os tributos em R$ 0,35 por litro apenas em 1º de janeiro de 2024, haverá um reajuste de R$ 0,11 por litro em setembro para subsidiar a concessão de créditos tributários aos fabricantes de carros.
O crédito total é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 500 milhões para carros populares, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Para receber o incentivo, o carro deve atender três critérios:
Com o início da vigência do novo plano de incentivo à indústria, alguns carros custam menos de R$ 60 mil no Brasil. A tendência é que os preços voltem a subir quando o crédito for totalmente consumido.
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Fonte: direitonews