Fábrica da Ford no CE será reativada para produzir elétricos de 3 marcas


O governo do Ceará anunciou, no fim desta semana, o investimento de R$ 400 milhões para formar um Polo Industrial Automobilístico e produzir veículos elétricos e híbridos na cidade de Horizonte. O complexo ficará no terreno que, até 2021, serviu como fábrica da Troller, marca brasileira de jipes 4×4 que, em seus últimos anos de existência, pertenceu à Ford.

Quem ocupará o espaço será a Comexport, considerada uma das maiores empresas de comércio exterior e cadeia de suprimentos do Brasil. A cerimônia de assinatura do contrato de comodato para que a empresa possa começar a fazer obras no local teve a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

O modelo de negócio será similar ao da fábrica da Nordex em Montevidéu (Uruguai), que monta veículos em formato CKD e SKD (componentes ou até kits pré-montados chegam prontos de fora e são montados ou finalizados no local) para clientes como Stellantis, Ford e Kia.

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Contudo, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou que uma segunda fase do projeto prevê que o polo também seja capaz de fabricar componentes para esses veículos. “Esse projeto implica em um cronograma para que as peças também sejam produzidas no Brasil e, em grande parte, produzidas no Ceará”, disse.

Na primeira etapa do projeto, a capacidade de produção estimada será de 40 mil veículos eletrificados ao ano. A expectativa é gerar até 9 mil empregos diretos e indiretos. “Hoje vivemos um dia importante nessa trajetória para ter um veículo 100% produzido no Ceará. Há três anos, anunciamos um protocolo de desenvolvimento de projetos no estado e, hoje, estamos aqui”, registrou Rodrigo Teixeira, vice-presidente e diretor de Importação da Comexport.

Segundo o governo do Ceará, três fabricantes já teriam firmado acordo para produzir pelo menos seis modelos no novo polo. A Comexport não abre quem são esses parceiros, mas atualmente tem como clientes no país, para importação de veículos e peças, montadoras como Mercedes-Benz, Honda, BYD, GWM, Renault, Ford, Volvo, Chevrolet, Toyota, Chery, Volkswagen e Porsche.

Autoesporte aposta que uma forte candidata é justamente a chinesa Chery, que iniciará no ano que vem a operação das marcas Omoda e Jaecoo, sem ligação com o grupo Caoa. Outra é a Neta, também chinesa, que estreia ainda em 2024 e promete produzir no país até 2026.

O grupo Geely, que está invadindo o Brasil com diferentes marcas, como a Zeekr e a Polestar, é outro potencial parceiro chinês. Vale lembrar que esta fabricante é dona da Volvo, outra importadora que usa os serviços da Comexport.

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Fonte: direitonews

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