Gabriel Bortoleto, atual piloto da Sauber e único brasileiro no grid da Fórmula 1, afirmou que ainda acredita em uma oportunidade para Felipe Drugovich na categoria, mesmo após a confirmação de Sergio Perez e Valtteri Bottas como titulares na Cadillac a partir de 2026.
Na coletiva de imprensa do GP da Holanda nesta quinta-feira, Bortoleto foi questionado se a escolha da equipe americana deixou um ‘gosto amargo’ diante da ausência de espaço para novatos como Drugovich. O jovem brasileiro foi direto: “Obviamente, Felipe é um grande amigo meu e eu realmente sinto que ele merece a chance de estar na Fórmula 1. Isso ainda não acabou. Talvez um dia ele tenha sua chance. Ele é campeão da Fórmula 2. Então, acredito que todos que vencem a F2 devem ter uma chance na Fórmula 1”, afirmou.
Bortoleto reforçou que entende a decisão da General Motors, controladora da Cadillac, mas não deixou de demonstrar apoio ao compatriota: “Felipe é um cara fantástico e acho que ele merecia a vaga. Mais uma vez, trata-se de uma grande empresa. Eles têm seus motivos para decidir suas coisas e coisas como essa acontecem. Então, sim, esse é o meu ponto de vista”, concluiu o piloto brasileiro.

Oliver Bearman, da Haas, também presente na coletiva, compartilhou da mesma opinião: “Sim, concordo plenamente. A primeira coisa é que, do ponto de vista deles, faz sentido escolher dois caras que são conhecidos dentro da categoria. Escolher um novato é, obviamente, um risco maior do que escolher dois caras com muita experiência”, afirmou o britânico.
Bearman destacou ainda que o talento de Drugovich merece espaço, mas lembrou que a situação se repete com outros pilotos: “Há muitas pessoas que não estão no grid e que têm muito talento e devem ter a oportunidade de mostrar o que sabem fazer. Felipe é um deles. Mas no topo de todas as categorias, há muitos pilotos excelentes. Alguns da IndyCar acho que fariam um bom trabalho aqui”.
Para concluir, o piloto da Haas admitiu que, diante da perspectiva de iniciar um projeto do zero, tomaria a mesma decisão da Cadillac: “Essa decisão faz sentido. Quero dizer, se eu estivesse no comando de uma equipe de F1, começando do nada, eu faria o mesmo, eu acho”, completou Bearman.
Fonte: f1mania