A equipe Mercedes revelou chegou a considerar o uso de ordens de equipe no GP da Bélgica de Fórmula 1. George Russell, que realizou uma estratégia surpreendente de parada única, terminou à frente de seu companheiro Lewis Hamilton em Spa-Francorchamps, mas foi desclassificado por estar com o carro abaixo do peso permitido.
Hamilton, que largou em terceiro, ultrapassou Sergio Perez na largada e o pole Charles Leclerc na terceira volta, assumindo uma posição de controle na corrida. Contudo, ele acabou ficando atrás de Russell, que estava em quinto e decidiu, junto com a equipe, arriscar uma parada a menos que seus concorrentes.
Nas voltas finais, Hamilton conseguiu se aproximar de Russell, mas não conseguiu ultrapassá-lo devido à turbulência que dificultava as manobras de ultrapassagem. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que a equipe queria evitar interferir na disputa, mas a ameaça de Oscar Piastri poderia ter exigido uma intervenção.
Questionado sobre a tentação de impor uma ordem de equipe para proteger Hamilton contra Piastri, Wolff respondeu: “Não com ordens de equipe, mas provavelmente se tivéssemos mais uma volta, isso poderia ter sido considerado porque protegeria o P1, e George terminaria em P3. Mas estou feliz que não tivemos que tomar essa decisão.”
A desclassificação de Russell após a corrida, fez com que a Mercedes perdesse a oportunidade de uma dobradinha em Spa. Hamilton expressou insatisfação com as escolhas estratégicas da Mercedes, indicando que seus pneus estavam em boas condições para replicar a estratégia de Russell. Wolff explicou que a equipe queria cobrir as paradas de Leclerc e Piastri para garantir que Hamilton não ficasse atrás de outros carros.
“No papel, o que fizemos com Lewis foi absolutamente correto, mas George conseguiu fazer os pneus durarem,” disse Wolff. “Não era algo previsto, caso contrário, qualquer outra equipe de ponta teria feito o mesmo”, concluiu o chefe da Mercedes.
Fonte: f1mania
