F1: Wolff não quer investigação sobre Mônaco


O chefe da Mercedes, Toto Wolff não quer que a FIA investigue o acidente de Sergio Peres na qualificação em Mônaco, dizendo que já houve ‘crise de relações públicas suficiente’ em torno da Red Bull ultimamente.

A Red Bull é a equipe que tem frequentado as manchetes na Fórmula 1 recentemente, mas nem sempre pelas razões certas, pois com uma certa frequência está envolvida em polêmicas.

Enquanto a equipe conquistava o título de pilotos no Japão e o de construtores em Austin, a informação sobre a quebra do teto orçamentário em 2021 ganhou muito destaque, principalmente após ter sido confirmada pela FIA.

Uma semana depois de Austin, o órgão regulador do automobilismo anunciou a punição da Red Bull por seus gastos excessivos, multando a equipe e deduzindo 10% do tempo de túnel de vento em 2023.

Mas quando esse assunto ‘esfriou’, a equipe novamente se viu nas primeiras páginas, já que Max Verstappen se recusou a ceder o sexto lugar para Sergio Perez no GP de São Paulo, com o holandês dizendo que sua titude tinha algo a ver com o passado.

Foi especulado que isso estava relacionado a Mônaco, onde Perez bateu e impediu Verstappen de melhorar sua posição de P4 para o grid de largada. A mídia holandesa sugeriu que foi um acidente intencional, que irritou Verstappen.

Mas como o ocorrido em Mônaco foi meses atrás, a FIA afirmou que só investigará se as equipes rivais reclamarem.

Wollf afirmou: “Tivemos crises de relações públicas suficientes nas últimas semanas em torno da Red Bull e não precisamos de outra”, disse o chefe da Mercedes à imprensa em Abu Dhabi.

O chefe da equipe McLaren, Zak Brown, também não vê razão para desenterrar corridas antigas. “Acho que Mônaco foi há muito tempo e de repente voltar a falar sobre isso, acho que ‘os trens saíram da estação’,” afirmou.

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, disse: “A F1 precisa avançar e discutir o que devemos fazer nesse tipo de situação, porque não acho que haja uma resposta clara no momento.”

No início desta semana, o piloto da Ferrari, Carlos Sainz, disse que os pilotos que causarem acidentes deliberadamente na qualificação devem ser punidos.

Ele pediu alguma regra, em que um piloto receba uma penalidade por causar uma bandeira amarela ou vermelha nessas circunstâncias.

Brown apoia essa ideia, dizendo que qualquer piloto que cause uma bandeira amarela ou vermelha deve ter seu tempo de volta mais rápido excluído.

“Isso já existe em outras categorias do automobilismo, onde um piloto recebe uma penalidade, tendo sua volta mais rápida deletada naquela sessão”, disse Brown.

“Acho que é uma solução fácil que pode ser implementada imediatamente. Faz com que o piloto tenha que dar ré, perder a volta, e tentar de novo. Eu acho que é a maneira mais fácil de resolver isso”, disse ele.

Wolff concorda. “Essa é uma boa ideia, existe na Fórmula E se não me engano, onde sua volta mais rápida é deletada. Então, isso é algo que podemos implementar.”

O austríaco duvida muito que a situação de Perez tenha sido deliberada. “Eu conheço Sergio há muito tempo”, disse ele. “Não é um piloto que colocaria seu carro no muro e arriscaria sua caixa de câmbio, porque ele poderia ir para o final do grid”, concluiu Wolff.

 

 

 

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