F1: Wolff minimiza preocupações com carros mais lentos em 2026


Toto Wolff, chefe da Mercedes, acredita que as preocupações com a lentidão dos carros de Fórmula 1 em 2026 irão diminuir, assim que os engenheiros começarem a trabalhar de acordo com as novas regras.

No mês passado, a FIA divulgou as diretrizes que moldarão as próximas regras técnicas, com foco em carros mais leves, menores e com downforce bastante reduzido.

No entanto, a meta inicial da FIA de ter 30% menos downforce e 55% menos arrasto que os carros atuais, gerou críticas de várias figuras da categoria. O chefe da Williams, James Vowles, afirmou que simulações com um modelo de 2026 indicaram que a diferença de volta para o carro atual da Fórmula 2 seria ‘pequena, de poucos segundos’.

Em entrevista à emissora austríaca ORF, Wolff concordou com Vowles que as regras submetidas, em sua forma atual, tornariam os carros mais lentos. “O que temos no momento é simplesmente muito lento. Em alguns casos poderíamos ter tempos de volta até dez segundos mais lentos.”

Para compensar a maior dependência de energia elétrica no motor, a aerodinâmica será usada para aumentar o downforce nas curvas e a velocidade máxima nas retas.

No entanto, Andrea Stella, chefe da McLaren, alertou que haverá um desequilíbrio a menos que sejam feitas revisões para reduzir a dependência do chassi para compensar o motor.

Wolff, porém, descartou a sugestão de que usar o chassi atual com o motor atualizado, pudesse ser uma solução viável para esse problema específico. “Se você implementasse os novos regulamentos da forma como foram apresentados, a velocidade definitivamente seria muito baixa”, disse ele.

Apesar disso, Wolff está otimista que a perda estimada de tempo de volta será reduzida assim que os engenheiros de cada equipe dedicarem atenção total às novas regras. “A Fórmula 1 sempre foi uma incubadora de inovação, e estou convencido de que com o que os engenheiros irão criar e com os regulamentos do chassi, que ainda precisam ser mudados, os carros definitivamente se tornarão rápidos novamente. Ainda é muito mais rápido do que qualquer outra coisa por aí, e é preciso ter perspectiva. Para o espectador na televisão não fará diferença. A IndyCar parece mais rápida, mas é vinte segundos mais lenta”, acrescentou.

O dirigente austríaco de 52 anos admitiu, porém, que alterar a proporção 50/50 entre potência elétrica e de combustão poderia ter diminuído alguns problemas que surgiram. “Talvez pudéssemos ter feito um pouco menos de bateria e mais motor de combustão, porque estamos usando biocombustível 100% de qualquer maneira. É 100% sustentável. Então, algo poderia ter sido adaptado. Mas essa chance já passou”, finalizou Wolff.

Fonte: f1mania

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