F1: Wolff defende penalidades de grid ‘complicadas’ devido a troca de motores


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Os fãs, os especialistas, e os jornalistas de F1, estão ficando cada vez mais frustrados com o impacto das penalidades de grid relacionadas ao motor nas últimas corridas, mas o chefe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que o atual formato de regulamento, é a melhor solução para a questão.

Em Spa, oito pilotos foram penalizados por trocar elementos da unidade de potência. Em Monza o número foi de nove pilotos, o que obviamente muda todo o grid de largada em relação ao resultado da qualificação.

A situação foi tão complexa na Itália, que levou quatro horas para os oficiais da corrida publicarem um grid de largada oficial, com o piloto da AlphaTauri, Pierre Gasly, perguntando no Twitter se alguém poderia lhe dizer sua posição de largada.

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Isso deixou muitos fãs furiosos sobre como a qualificação se tornou uma farsa, com o grid de largada não tendo nenhuma semelhança com a ordem no final da sessão de sábado.

Mas, embora reconhecendo que está longe de ser uma situação perfeita, Wolff afirmou por que as penalidades eram necessárias, e argumentou que não há uma solução alternativa melhor disponível no momento.

“Devemos nos lembrar por que temos isso”, disse ele. “No lado do chassi, temos um limite de custos que não tínhamos antes. No lado do motor, ainda não temos um limite de custos.”

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“Se não houvesse penalidades de grid, teríamos motores de qualificação. E não cinco, mas vinte. As grandes equipes gastariam o que quisessem para ter uma vantagem”, disse Wolff.

“É por isso que precisa haver um certo fator que limite isso e os evite, então é daí que vem a regra. Mas ficou muito complicado? Com certeza”, acrescentou o chefe da Mercedes.

Uma alternativa proposta seria penalizar os construtores na classificação por pontos, deixando os pilotos livres para correr. Afinal, dificilmente é culpa deles se o motor apresenta um problema de confiabilidade durante a temporada.

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Mas Wolff continuou: “Um aspecto negativo pode ser que o campeonato de pilotos seja o que conta, e você está apenas jogando motores no carro”, acrescentou.

Outras críticas têm como alvo o número de componentes do motor que as equipes podem usar ao longo da temporada, antes de sofrer penalidades.

“Acho que precisamos reconsiderar”, concordou Wolff. “Mas ainda assim, não queremos ter uma corrida armamentista nos motores. Seja qual for a liberdade que você nos der, nós usaremos ainda mais estrategicamente. Portanto, é preciso haver um certo impedimento”, concluiu.

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De qualquer maneira, realmente não é uma questão que tenha uma solução fácil, pois como afirmou Wolff, todas as equipes da Fórmula 1 irão aproveitar qualquer ‘brecha’ de regulamento em benefício próprio. Nesse caso, obviamente as equipes mais ricas voltam a ter mais vantagem ainda, pois não precisariam se preocupar com gastos em relação aos motores. Pelo menos enquanto não existe um teto orçamentário também nessa área.

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