Toto Wolff, chefe da Mercedes na Fórmula 1, alertou que os times rivais podem temer pelos últimos dois anos em que sua equipe não dominou a categoria. Com o objetivo de retornar ao topo em 2024, Wolff ressalta o aprendizado adquirido nas temporadas difíceis.
O reinado de oito anos como Campeões de Construtores da Mercedes chegou ao fim em 2022, em parte devido à filosofia problemática do conceito ‘zero-pod’ adotada no início da era dos carros com efeito solo. Apesar das dificuldades, o W13 venceu o GP de São Paulo em 2022 com George Russell conquistando sua primeira vitória na categoria.
No entanto, 2023 foi ainda mais duro para a Mercedes, que não venceu nenhuma corrida pela primeira vez desde 2011, enquanto a Red Bull concquistou 21 vitórias em 22 GPs.
A equipe abandonou o conceito do ‘zero-pod’, que havia sido adotado novamente no W14 este ano, antes do GP de Mônaco, terminando em segundo no campeonato, mas com menos da metade dos pontos do dominante RB19.
“Nós aprendemos muito nesta temporada”, disse Wolff em uma sessão de perguntas e respostas no final da temporada 2023. “As corridas e temporadas difíceis são as que mais nos ensinam. E sempre dizemos, os dias que perdemos são os dias que nossos concorrentes podem temer, porque aprendemos mais.”
“Acho que há muitas lições que aprendemos como organização, como humanos, mas também tecnicamente, que serão benéficas para o futuro. Eu não seria capaz de escolher apenas uma, porque há muitas coisas em que olhamos que nos ajudarão a progredir no próximo ano. É um processo de aprendizado constante, e no próximo ano e nos anos que virão na sequência, haverá situações em que diremos ‘bem, não percebemos isso’,” acrescentou.
No GP dos EUA deste ano, a Mercedes chegou perto da vitória, com Lewis Hamilton apenas 2,2 segundos atrás de Max Verstappen. No entanto, o heptacampeão foi desclassificado após a prova por irregularidades técnicas.
Apesar do resultado, Wolff destacou o GP de Austin como o melhor momento da Mercedes no ano: “Trouxemos um pacote de atualizações que funcionou, o carro estava performando bem e estávamos perseguindo o líder.”
“Você poderia dizer ‘bem, você foi desclassificado por um carro que estava muito baixo’, mas o desempenho genuíno estava lá e aquele foi um fim de semana agradável. Sempre disse que prefiro um carro rápido que não ajustamos da maneira certa. E obviamente você precisa terminar a corrida. Mas aquele foi o melhor fim de semana no geral este ano, vendo que a correlação entre o túnel de vento e a pista era boa”, encerrou Wolff.
Fonte: f1mania